​Movimento criado por jovens quer banir utilização de canudos plásticos em Cascais

“O nosso objetivo é acabar com as palhinhas (canudos) de plástico na região de Cascais (distrito de Lisboa) e para isso precisamos da ajuda de todos!“ diz Luisa uma das coordenadoras do Movimento.

Segundo ela, os canudinhos são um objeto desnecessário, não são recicláveis e acabam no mar onde são responsáveis pela morte de várias espécies e consequentemente afetam o nosso ecossistema. 

O Movimento Claro, teve início ao abordar restaurantes para que participem do movimento deixando de utilizar os canudinhos, e embaixadores que reforçam a iniciativa. 

“Usamos palhinhas de plástico durante 15 minutos e demoram cerca de 200 anos a degradar-se. Em Portugal são usadas 1 bilião de palhinhas por ano. São items de difícil reciclagem e, tendo em conta o seu tamanho e peso reduzidos, voam ou entram nas sargetas acabando facilmente no mar, pondo em perigo animais marinhos que os confundem com comida.

Por ano, animais de mais de 300.000 espécies marinhas morrem por ingestão de plástico. Mas, é um problema de fácil resolução se todos tomarmos consciência dele cada vez que pedirmos uma bebida! Beba com consideração, ou seja, sem palhinha, Claro“, diz o manifesto no site.

O Movimento está nas redes sociais. Facebook Claro Cascais, Instagram (@claro_cascais), e tem um site www.clarocascais.com para adesões.

O uso de canudos está se tornando um problema global

Adorno de milkshakes e usado para facilitar a degustação das mais diferentes bebidas, os canudos de plástico estão no centro de uma campanha de preservação ambiental. No caso, o artefato é apontado como um grande poluidor.

A questão é que o polipropileno e o poliestireno, materiais dos quais geralmente são feitos os canudos, não são biodegradaveis. Quando descartados, tendem a ficar no ambiente, desintegrando em pedaços menores, que acabam sendo comidos por animais.

Segundo a campanha The Last Plastic Straw (o último canudo de plástico), só nos Estados Unidos são 500 milhões de canudos usados diariamente. O projeto foi criado para conscientizar a população sobre as consequências do uso do utensílio.

A fundadora do movimento, Jackie Nunez, vive na baía de Monterey, na Califórnia, sobre uma espécie de santuário marinho chamado por biólogos de o Serengeti do mar – uma referência ao ecossistema africano. Lá, diz ela, são coletados nas praias cerca de 5 mil canudos descartados anualmente. O item está entre os dez mais encontrados no International Coastal Cleanup Day, campanha californiana para a limpeza da costa.  

Não se sabe ao certo, mas diz-se que os primeiros canudos foram produzidos pelos sumérios, antiga civilização do sul da Mesopotâmia. Feitos de ouro e similares a uma bomba de chimarrão, eles eram usados para beber cerveja, provavelmente para evitar os subprodutos sólidos da fermentação que se acumulavam embaixo das garrafas.

O canudo moderno, feito de papel, foi patenteado pelo inventor americano Marvin C. Ston em 1888. Ele teve a ideia em um dia de verão em Washington, enquanto bebia um Mint Julep com um canudo de palha – em inglês, a mesma palavra, “straw”, serve para as duas coisas – canudo e palha. Em Portugal, o canudo é chamado de palhinha. O problema ambiental surgiu quando os canudos passaram a ser feitos de plástico, na década de 1950.

Leia também: .

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Da Redação.

 

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