Voltado à atualização da produção da região, o Festival promove homenagens, retrospectivas, uma competição de filmes de escolas audiovisuais e programas especiais. Neste ano o Festival inclui uma retrospectiva com grandes destaques da Mostra Escolas de Cinema Ciba-Cilect e sessões voltadas ao público infantil e juvenil, além de encontros e debates para discutir os caminhos atuais e futuros do cinema latino-americano.
Os longas e curtas-metragens serão exibidos com entrada gratuita ou preços acessíveis (de R$ 6 a R$ 12) nas salas do Memorial da América Latina, Cinesesc, CCBB e do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc.
A programação conta também com uma seleção de filmes chilenos, a mostra infantil Latininhos, além de uma série de atividades paralelas, incluindo debates, bate-papos e oficinas. Diferente de anos anteriores, em 2018 o festival presta homenagem não a uma, mas sim duas personalidades do audiovisual latino-americano: o cineasta paulista Jeferson De e a atriz argentina Inés Efron.
Conhecida pelo público brasileiro por conta de sua participação no filme Medianeras – Buenos Aires na Era do Amor Virtual (2011), Inés virá ao Brasil para acompanhar o evento, que deve exibir quatro filmes estrelados por ela, incluindo a comédia Voley (2015) – que tem no elenco outro nome conhecido dos cinéfilos do País: Chino Darín, filho do astro argentino Ricardo Darín.
Jeferson De ganhará uma retrospectiva de sua filmografia, reconhecida por propor discutir questões sociais e pelo protagonismo negro. O cineasta ganhou projeção nacional com o filme Bróder (2010), ganhador de cinco prêmios no Festival de Gramado, incluindo o de Melhor Diretor. É dele também a produção que abre o festival.
Estrelado por Lázaro Ramos, Aílton Graça e Antonio Pitanga, o inédito Correndo Atrás será exibido na quarta (25), às 19h30, no Memorial da América Latina, na região da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.
Destaques
Entre os destaques da extensa programação estão os filmes: Os Fracos, de Raúl Rico e Eduardo Giralt Brun (México), Keyla, de Viviana Gómez Echeverry (Colômbia) e Mulheres do Caos Venezuelano, de Margarita Cadenas (Venezuela).
Longas-metragens brasileiros terão pré-estreia mundial durante o evento.
É o caso de A Mata Negra, terror do cineasta capixaba Rodrigo Aragão; do documentário Como Fotografei os Yanomami, de Otávio Cury; e de Tunga, o Esquecimento das Paixões, dirigido por Miguel de Almeida.
Esse último aborda a trajetória do artista pernambucano morto em 2016, um dos maiores artistas plásticos da contemporaneidade. O filme (foto abaixo) encerrará o festival com exibição no dia 1º de agosto, às 20h, no Cinesesc, situado no centro da capital paulista.
Foco Chile
Esta é a segunda vez que o Festlatino apresenta uma seleção especial de novos filmes chilenos. Alguns títulos que integram a programação terão a presença de seus realizadores nas sessões. Na sequência, eles devem participar de bate-papo junto ao público.
Um destaque desse painel é Princesinha (2017), da premiada diretora Marialy Rivas.
Latininhos
A mostra voltada para os pequenos oferecerá sessões de quatro longas de animação. Chamam atenção nessa lista o filme Viva – A Vida É Uma Festa (2017), vencedor do Oscar de Melhor Animação; e Um Time Show de Bola (2013), do diretor argentino vencedor do Oscar Juan José Campanella.
A programação completa está disponível no site oficial do Festlatino.
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Fontes: The Huffington Post Brasil e Festlatino.