A ideia central é fazer artístico nos limites – da cultura, da abrangência, da linguagem – ocupando vários espaços da cidade de São Paulo. O evento oferecerá atividades gratuitas ou a preços populares, de 6 a 16 de dezembro. Das 16 atividades que estão programadas no Risco, três delas são parte integrante do Festival de Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, que também acontece em dezembro, em São Paulo.
Risco abraça, como mote principal, as subjetividades sociais em risco: gênero e sexualidade, corpos dissidentes, negritude, questão indígena, classe, infância, velhice e deficiência. E o faz com diversas expressões artísticas, como dança, performance, música, poesia, artes visuais e foto, se fundindo e se complementando para levar a uma reflexão sobre a criação artística, produzida por todos e para todos, independente de território, sexualidade e condição social.
As apresentações acontecem em vários pontos da cidade de São Paulo: nos espaços públicos (Vale do Anhangabaú e Avenida Paulista), Itaú Cultural, Instituto Tomie Ohtake, Sesc Avenida Paulista, MIS – Museu da Imagem e do Som, Centro de Referência da Dança, Teatro Décio de Almeida Prado, Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso, Teatro de Contêiner, Biblioteca Mário de Andrade e Aparelha Luzia.
A obra inédita comissionada que abre o festival tem a parceria do Itaú Cultural, e o encontro Curadoria como Gesto – em que será discutida a programação do festival e o papel das curadorias no cenário político atual – acontecerá no Instituto Tomie Ohtake. O RISCO se alia ainda à iniciativas independentes para compor a sua programação, incluindo espaços como Aparelha Luzia e Teatro de Contêiner.
Programação
Entre os artistas internacionais convidados para essa primeira edição do Festival Risco estão Catherine Bay (França); Brian Solomon (Canadá); Andy Field (Inglaterra); Lisa Kerner (Argentina); Leho de Sousa e Delfina Martinez (Uruguai), e Simone Harris (Jamaica).
Uma das muitas novidades que o RISCO Festival traz é o suporte dado a processos de artistas nacionais para que eles possam criar e estrear suas obras. Para isso, eles tem como tema família, pertencimento, ancestralidade e redes afetivas contemporâneas.
Estão programados também shows – e compartilhamento de processos – dos artistas paulistanos São Yantó, Maria Beraldo, Mariá Portugal e Paula Mirhan, com estéticas, políticas e modos de produção que desafiam as convenções e que vêm renovando a cena contemporânea da canção.
Mas tem muito mais. Têm jam de dança para corpos com e sem deficiência, com música ao vivo; tem leitura de peça de teatro inédita; tem debate; tem instalação audiovisual; tem encontro de curadoria e arte queer; e tem festas espalhadas pela cidade.
Nas palavras da diretora artística do RISCO Festival, Natalia Mallo: “O Festival parte da tese de que o risco artístico é essencial para entender a arte como uma manifestação humana que reflete as questões de seu tempo”.
Entre as atrações estão artistas de diversas áreas e diferentes nacionalidades, que se arriscam em obras que convidam a repensar o mundo. Serão diversos espetáculos, conversas e oficinas espalhadas por São Paulo.
Serviço
O RISCO Festival é uma iniciativa independente realizada pela produtora Corpo Rastreado e conta com a parceria da Secretaria Municipal de Cultura e Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania (parte da programação é integrada ao 6º Festival de Direitos Humanos de São Paulo). A idealização, curadoria e direção artística é de Natalia Mallo, argentina que vive em São Paulo desde a década de 1990.
A programação internacional tem os apoios do British Council, Arts Council England, Embaixada do Canadá, Instituto Francês-Embaixada da França, Intendencia de Montevideo e Consulado Argentino.
Risco Festival – De 6 a 16 de dezembro.
Confira a programação: http://riscofestival.com/2018/
Locais e endereços:
Aparelha Luzia (Rua Apa, 78).
Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação, 94).
CCJ – Centro Cultural da Juventude (Av. Dep. Emílio Carlos, 3641).
Centro De Referência De Promoção da Igualdade Racial (Av. dos Metalúrgicos, 155 (Cidade Tiradentes).
CRD – Centro de Referência da Dança – Galeria Formosa (Baixos do Viaduto do Chá, s/n).
Espaço Público – Av. Paulista, altura do número 3000.
Espaço Público – Vale do Anhangabaú.
Itaú Cultural (Av. Paulista, 149).
Instituto Tomie Ohtake (Rua Coropé, 88).
MIS – Museu da Imagem e do Som (Av. Europa, 158).
Teatro de Contêiner (Rua dos Gusmões, 43).
Teatro Décio de Almeida Prado (Rua Cojuba, 45).
Vila Itororó (Rua Pedroso, 238).
***
Com informações do Risco Festival.