O tombamento foi aprovado pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) em março de 2018. A decisão descartou outros 26 imóveis que também haviam sido originalmente indicados como bens de interesse
O caminho parte da região central da cidade em direção a Santos, passando pelo Ipiranga, na zona sul, que era percorrido por tropeiros antes das ferrovias. A resolução de tombamento reitera que trajeto precisa ser “requalificado” por concentrar “importantes elementos físicos e culturais da identidade paulistana”.
O texto também ressalta que as áreas a serem preservadas “incluem uma dimensão sociocultural da história, do cotidiano e da paisagem local, para além dos aspectos da arquitetura em si”. Além disso, aponta que o traçado e a geografia dessas ruas são “testemunhos do processo de urbanização da cidade e da sua paisagem cultural”. O tombamento também prevê a preservação, enquanto “lugar de interesse paisagístico e ambiental”, dos remanescentes da encosta do Antigo Morro do Piolho, considerado um mirante natural da várzea do Rio Tamanduateí.
Com a homologação, qualquer intervenção (tais como instalação de mobiliário urbano e pavimentação) nos logradouros e calçadas do perímetro tombado precisa ser previamente analisada pelo DHP (Departamento do Patrimônio Histórico) e pelo Conpresp. Além disso, em casos que afetem o subsolo, também será obrigatória a manifestação do Casp (Centro de Arqueologia de São Paulo).
Com exceção da sede do 1º DP, que foi integralmente tombado, os demais imóveis precisarão preservar apenas as características arquitetônicas externas.
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Por Priscila Mengue em O Estado de S.Paulo.