“Utilizar São Paulo como locação traz mais verdade para o filme. Tudo é real e eu não tenho muito controle. Posso fechar uma rua, mas você não tem controle sobre as luzes do prédio ou sobre as pessoas que passam”, afirma o roteirista Beto Ribeiro, que grava cenas do filme “O Vampiro na Paulista”, na via mais simbólica da capital.
Nos últimos três meses, dobrou o número de produções audiovisuais em São Paulo, segundo a Empresa de Cinema e Audiovisual de São Paulo (SPCine).
Decreto
Em abril, a Prefeitura emitiu um decreto que liberou as filmagens nas ruas, parques e avenidas da cidade. Foi criada a São Paulo Film Commission, que centralizou as solicitações de filmagens e agilizou o processo.
Antes do decreto, um produtor demorava de 15 a 30 dias para conseguir uma autorização de gravação na capital. O processo se tornou mais rápido, já que em 48 horas uma avenida é liberada para uma novela, série ou propaganda, e em no máximo uma semana, para um longa-metragem.
Nesse período, cerca de 10.000 empregos diretos e indiretos foram criados na cidade, e a indústria audiovisual fomentou R$ 140 milhões.
“A Prefeitura se preocupa em transformar São Paulo em um polo de economia criativa e de produção audiovisual porque é forte simbolicamente, é importante para o turismo, para a autoestima da cidade e gera emprego”, diz Alfredo Manevy, diretor da empresa.
A riqueza cultural de São Paulo possibilita diversos cenários na mesma cidade. Em 2013, as ruas do bairro da Liberdade, no centro da capital, serviram como cenário para gravações da novela “Amor à Vida”. Em maio de 2016, o elenco do seriado do Netflix “Sense Eight” gravou uma cena durante a Parada Gay.
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Do G1 São Paulo.