Câncer de intestino é o terceiro de maior incidência no Brasil

Também conhecido como câncer de cólon e reto ou por colorretal, o câncer de intestino é um tipo de tumor que se desenvolve no intestino grosso, no reto ou no ânus. No Brasil, é o terceiro de maior incidência na população, atingindo cerca de 40 mil novos casos anuais entre homens e mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Entre os principais sinais estão: mudança contínua nos hábitos intestinais, como diarreias ou prisão de ventre, dor ou desconforto abdominal, fraqueza, anemia e alteração na forma das fezes.

Mesmo com a alta incidência, especialistas alertam: uma das principais medidas preventivas é a verificação do vaso sanitário após o uso. “Qualquer tipo de sangramento encontrado nas fezes não é normal. O formato é outro fator de atenção. Você também pode estar percebendo outras mudanças como fezes mais soltas ou a necessidade de defecar com mais frequência do que o normal. Esses sinais não significam necessariamente que a pessoa tem câncer de cólon, porém, recomenda-se uma consulta médica para a realização do diagnóstico correto do problema”, explica Caio Guimarães, médico oncologista do Instituto de Câncer de Brasília (ICB).

Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável, ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras, o consumo de carnes processadas e a ingestão excessiva de carne vermelha. “Dados do INCA apontam que quase 30% de todos os cânceres colorretais podem ser evitados com atenção às refeições, prática de atividades físicas e abandono de bebidas alcoólicas”, afirma.

Caio reforça que o acompanhamento médico periódico é prática fundamental para prevenção de quaisquer cânceres. No caso do câncer de cólon, a detecção pode se dar através de uma colonoscopia — um procedimento que usa uma câmera dentro de um tubo longo para olhar por dentro de todo o intestino — ou uma sigmoidoscopia flexível, que examina parte dele. “No ICB, temos um corpo clínico composto por mais de 20 especialidades que oferece também tratamentos para tumores malignos na região do intestino. Realizamos o acompanhamento com a nossa equipe multidisciplinar que acolhe o paciente nos vários aspectos e demandas que o mal oferece, além de possuirmos um centro de infusão para aplicação de quimioterapia e outros medicamentos”, pontua.

“Quanto mais cedo os cânceres são diagnosticados, mais fácil costuma ser o tratamento. Na maioria dos casos de câncer de intestino, quando detectados precocemente, é realizada a polipectomia (remoção do pólipo) ou excisão local através de um colonoscópio, muitas vezes durante o exame de colonoscopia. Também podem ser indicadas mais cirurgias se o pólipo não puder ser removido completamente ou se houver células cancerígenas em porções diferentes do cólon. A quimioterapia adjuvante pode ser recomendada caso exista risco de recidiva em função de alguns fatores, como: estágio avançado ou indícios da doença em órgãos adjacentes”, finaliza Caio.

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