Leilões de imóveis públicos movimentam setor imobiliário

Em abril, a SPU/ME (Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União do Ministério da Economia) colocou à venda vinte imóveis da União, com preços entre R$ 38,5 mil e R$ 17,25 milhões, em diversos estados do país. Sete foram à venda por terem recebido PAI (Proposta de Aquisição de Imóveis), solução que permite que pessoas, físicas ou jurídicas, façam ofertas de compra para adquirir qualquer imóvel público. No total, os bens estão avaliados em R$ 67,5 milhões.

O site do governo federal faz rodadas mensais e anuncia os imóveis na página com as datas das sessões públicas. Para participar, é preciso enviar as ofertas de forma eletrônica, por meio do portal “VendasGov”. As ofertas anunciadas pelo site são de terrenos, casas, apartamentos e fazendas localizados em todas as regiões do país. 

De forma similar, o Banco do Brasil também realiza rodadas de leilão por meio do site “Seu Imóvel BB”. Em abril, a instituição levou 2.400 imóveis a leilão, com valores entre R$ 10,63 mil e R$ 24,8 milhões, a maior parte nas regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste, em estados como Goiás, Paraíba e Piauí. Na ocasião, os descontos chegaram a 85%. 

No endereço eletrônico, é possível aplicar filtros de região, tipo de imóvel e valor, entre outras características. A plataforma reúne ofertas de casas, apartamentos, terrenos e fazendas de propriedade da instituição disponíveis para leilão ou venda direta.

Os leilões ocorrem em um cenário em que os investimentos no setor imobiliário crescem e que mais de 13 milhões de famílias brasileiras pretendem comprar um imóvel, conforme análise da Datastore, empresa especializada em pesquisas no setor imobiliário.

De forma similar, a compra de um imóvel está entre as três maiores prioridades dos cidadãos, ao lado do investimento em educação e da contração de um plano de saúde, segundo estudo realizado pelo Instituto Vox Populi que ouviu 3.200 pessoas de oito capitais. 

Avaliador é peça-chave para o mercado de imóveis públicos

Evandro Correia Silva, perito e sócio-fundador da Nero Perícias, empresa que atua com avaliação de imóveis, explica que é aí que entra em cena a figura do avaliador de imóveis. “O avaliador é parte essencial na definição do desconto no valor de imóveis da União que vão a leilão pelo Banco do Brasil ou são vendidos por plataformas digitais oficiais do Governo Federal”.

Silva destaca que o avaliador de imóveis é o único profissional apto a realizar a avaliação imobiliária técnica, de acordo com a norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) Nbr 14.653, que define os procedimentos e métodos a serem adotados neste processo avaliatório.

“O cálculo dos valores de imóveis deve levar em consideração a velocidade de venda normal do imóvel e a velocidade de venda pretendida pela instituição que deseja vendê-lo. Além disso, é preciso descontar do valor mercadológico deste bem à taxa do custo de oportunidade para conseguir esta venda compulsória”, acrescenta.

De acordo com o perito e sócio-fundador da Nero Perícias, dependendo do imóvel, o desconto do bem que vai a leilão mediante a avaliação pode chegar a 50% de seu valor de mercado.

Para mais informações, basta acessar: https://neropericias.com.br/

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