Multinacional francesa e USP anunciam parceria para o fornecimento de tecnologia

A partir do segundo semestre de 2022, a Universidade de São Paulo (USP) irá ampliar o uso de tecnologias para elaborar projetos da indústria 4.0. A ideia é ter mais rapidez, segurança e eficiência no desenvolvimento de pesquisas e soluções que beneficiem a sociedade e o setor de manufatura. O projeto está sendo desenvolvido com a Schneider Electric, que elabora soluções para transformação digital e gerenciamento e automação de energia.

Ao todo, serão beneficiados 600 alunos e 180 profissionais como professores de graduação e pós-graduação, colaboradores do convênio, pesquisadores e desenvolvedores de soluções. Dessa forma, a iniciativa tem como principal objetivo fortalecer a ciência e o desenvolvimento do segmento industrial no Brasil.

Iniciando com a implementação de FabLabs – softwares advisors – na Escola Politécnica, o projeto está sendo desenvolvido com o suporte do Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas (PEA) da Escola Politécnica e da Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP).

No laboratório de Revolução Industrial 4.0 da universidade, serão utilizados softwares advisors (Conselheiros), como o EcoStruxure Augmented Operator Advisor e o EcoStruxure Machine Advisor, por meio dos quais os alunos terão acesso às informações dos demais laboratórios, podendo interagir e tomar decisões de forma mais assertiva. Posteriormente, serão instalados produtos de automação e controle, como controladores e sensores – também para ajudar na integração de dados.

Nos laboratórios de graduação e pós-graduação, serão implementados controladores de processos para a gestão dos equipamentos. Para isso, contarão com uma célula robotizada para a disseminação dos conceitos de movimento. Todos esses processos serão conectados em rede, trocando dados em tempo real e “alimentando” o laboratório de Revolução Industrial 4.0.

Ainda por meio da parceria, até 2023, será desenvolvida uma célula de tratamento de água e afluentes, na qual será utilizada a tecnologia do acionamento de motores com o conceito de operação otimizada e controle de fluxo e bombeamento. Dessa forma, a universidade espera endereçar as questões relacionadas ao aumento da eficiência das concessões, melhor gestão dos recursos hídricos e redução de perdas. Consequentemente, poderá obter redução no consumo de energia elétrica e otimização do processo.

“Os projetos devem favorecer o avanço da modernização da indústria nacional. Em paralelo, ajudar na formação de profissionais”, afirma Carlos Urbano, diretor de Industrial Automation na Schneider Electric Brasil.

Tecnologias da Informação e Operacional

Com a parceria, a ideia é integrar Tecnologia da Informação (TI) com a Tecnologia Operacional (TO), permitindo transformar dados em informações detalhadas para auxiliar nas tomadas de decisão nos níveis operacional, tático e estratégico da universidade. Isso será possível por meio da proliferação de sensores e dispositivos inteligentes e da disponibilização de soluções modulares e expansíveis de software. Além disso, pela convergência das várias tecnologias de rede em uma só.

O projeto terá, ainda, a implementação de uma plataforma de testes, na qual será demonstrado o funcionamento de parte de um processo de sistema de tratamento de água. Ele vai conter um conjunto de bombas, acionamentos e sistema de supervisão Scada para o controle e monitoramento da elevação e captação de água. Nesse sistema serão acompanhados o funcionamento e a gestão do consumo de energia, o que possibilita para a universidade a atualização e convergência de TI e TO.

Fortalecendo a indústria

Outro ponto importante do projeto é o fomento da automação industrial e indústria 4.0. Ao utilizar as tecnologias embarcadas nos laboratórios, é possível obter uma base para programações de formação inicial, continuada e de curta duração destinadas a atender às necessidades imediatas e específicas de formação de mão de obra no Estado de São Paulo.

As linhas de pesquisa que serão beneficiadas com a parceria são alimentos e bebidas, mineração, siderurgia, óleo e gás, químico e petroquímico. O projeto está sendo implementado com previsão de conclusão até o fim do ano.

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