Transporte rodoviário de cargas exige atenção redobrada em dias de chuva

O ano de 2022 começou com marcantes episódios de chuvas por todo o país. Mesmo em meio à estação mais aguardada pelos brasileiros, o verão, que se iniciou em 21 de dezembro do ano passado, o Brasil enfrenta diversos picos de chuvas em meio ao calor. Em fevereiro, Petrópolis, no Rio de Janeiro, por exemplo, ganhou destaque na mídia por ser um dos locais mais afetados pelas tempestades. Em apenas seis horas, choveu 260 milímetros, e o acumulado foi maior do que todo o esperado para o mês. Esse fator coloca em evidência grandes danos à cidade e, principalmente, à vida da população.

O transporte rodoviário de cargas (TRC), responsável por mais de 65% de tudo aquilo que é transportado pelo território brasileiro, vem a ser um dos setores mais afetados pelas chuvas intensas, dado que necessita das rodovias para transportar seus produtos. Sem o caminho livre e seguro, essas mercadorias podem sofrer atrasos, danos e prejuízos e refletir esses impactos ao longo dos meses seguintes, como também colocar em risco o bem-estar do motorista.

De acordo com João Paulo Laurentino, instrutor de motorista da Scapini Transportes, os fortes temporais se tornam um grande desafio para o TRC. “Muitas vezes, as chuvas acabam fazendo com que fiquemos ilhados em uma certa região, pois podem cair pontes, ter rompimento nas estradas, desmoronamento de terras, de pedras, de galhos e de árvores, além de deixar as pistas lisas e escorregadias, com aglomeração de veículos. Isso se torna uma situação caótica e com muitos desafios para o serviço e para a saúde do condutor”.

Certos cuidados são de extrema importância nesses momentos, como verificar se o veículo está em perfeitas condições de uso e realizar uma boa checklist para sanar qualquer tipo de problema que possa acontecer durante o caminho ou antes de entrar nas rodovias. As fortes chuvas podem adentrar em qualquer vão que estiver à mostra e, consequentemente, prejudicar o produto ou desvirtuar a condução do motorista.

“O motorista defensivo deve estar preparado sempre. Tem que estar com os freios em dia, com os pneus em condições, manter uma distância adequada em relação ao veículo da frente, utilizar o freio motor associado a uma redução de baixa correta, observar o painel de instrumento, avaliar as condições da pista, permanecer com as mãos firmes no volante, reduzir a velocidade e evitar freadas bruscas e trocas de faixas. Esses são os principais cuidados a fim de uma segurança adequada tanto para o condutor quanto para os terceiros e para o produto transportado”, ressalta o instrutor.

Constantes treinamentos, bem como uma orientação apropriada dentro da rotina de atividades, são fundamentais para se preparar para qualquer situação. O clima é algo incerto e também pode se tornar um fator surpresa dentro do serviço, mas uma boa condução, sem negligência e acompanhada de organização é o caminho para lidar com esse fator da melhor maneira possível.

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