O sofrimento é resultado do entrelaçamento entre o erro e o julgamento.
Ambos nascem do medo, da ameaça.
Não gostamos de sentir medo.
Se nos apegamos a ele, corremos o risco de transformá-lo em raiva.
Se nos apegamos a raiva, podemos transformá-la em ódio.
E assim, estabelecemos um jogo onde não há vencedores.
Experimente por um momento fechar os olhos, respirar fundo e lembrar-se de uma situação onde você foi tomado pela raiva.
Consegue me dizer qual foi o benefício que essa raiva trouxe para sua vida?
Nas palavras do mestre zen, poeta e ativista da paz, Thich Nhat Hanh, “o ódio, a raiva e o medo são como labaredas de fogo que podem ser extintas pela COMPAIXÃO.”
A COMPAIXÃO é proativa.
Não se trata de sentir dó ou piedade.
A COMPAIXÃO é uma emoção positiva, uma energia cultivável, é o substrato da PROSPERIDADE.
É a ferramenta para a construção de uma vida sem sofrimentos.
Pressupõe que, eu, tu, ele, nós, vós e eles, erramos.
E que, portanto, quando usamos nossa raiva para apontar o erro alheio, podemos estar na verdade, escancarando o medo de apontar para nós mesmos.
E, se por um momento, apenas por um momento, conseguirmos nos aproximar desse entendimento, estaremos prontos para dar início a uma grande transformação.
Se, por um momento, conseguirmos nos colocar no lugar de quem errou, estaremos nos dando a oportunidade de exercer a COMPAIXÃO com nós mesmos.
É o princípio da valorização da vida.
A COMPAIXÃO é uma sabedoria. Pode ser uma semente adormecida dentro de você.
Se queremos viver uma vida plena, próspera, feliz e abundante, precisamos de uma vez por todas utilizar nossos recursos para acordar esta semente.
COMPAIXÃO demanda coragem.
Coragem para reconhecer que a vida não começa e termina somente em você.
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Adi Leite é coach, jornalista e fotógrafo. Acesse o site dele!