Esse novo termo diz respeito ao transporte individual sustentável para viagens curtas, de até cinco quilômetros. Os pequenos trajetos, quando feitos de carro, colaboram para aumentar os congestionamentos e a poluição do ar. Até porque a média de pessoas por veículo no Brasil é baixíssima: 1,4 por carro.
Assim, a micromobilidade surge como alternativa inteligente para a nossa realidade. E a tendência é que esse movimento cresça cada vez mais. Até mesmo montadoras de carros, como a GM e a Ford, já anunciaram seus investimentos em patinetes e bicicletas elétricas.
Marcio Canzian, CEO da Eletricz, empresa especializada em monociclos, lembra que o carro tem um altíssimo custo. “Não se trata apenas da questão financeira, mas de todo o desgaste emocional, da poluição, da perda de tempo no trânsito, que hoje tem velocidade média de 25 quilômetros por hora. Isso é a receita perfeita do caos”, ele diz.
Sua missão é incentivar o transporte individual elétrico de curta e média distâncias como uma forma de mobilidade mais inteligente, mais divertida, ao ar livre e sem stress.
No Brasil, esse mercado vem crescendo desde 2014, mas foi em 2018 que ganhou um novo impulso, especialmente por conta dos modais compartilhados. “Estima-se que foram vendidos 1500 monociclos nos últimos seis meses em todo o país. Em geral, os adeptos já testaram outros modais e não se sentiram satisfeitos com a solução. As bikes elétricas muitas vezes requerem esforço físico em ladeiras, enquanto as patinetes não são indicadas para terrenos acidentados. Já os monociclos transpõem todos esses obstáculos”, afirma Canzian, lembrando a importância do treinamento para o uso. Sua empresa oferece uma pista própria para o aprendizado e promove vários eventos e encontros entre os novos usuários.
Segundo ele, em até duas horas é possível aprender os comandos básicos e treinar a habilidade para se manter em pé. Os preços variam de R$ 3 mil a R$ 10 mil, dependendo do modelo. Dá para carregar na mão e levar onde for: no metrô, no ônibus e até no avião. A portabilidade, o baixo custo por quilômetro percorrido (pode chegar até 100 km com uma só carga na bateria), a poluição zero e a experiência divertida podem fazer desse modal de uma só roda o transporte da hora.
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