As melhores cidades do mundo para se viver segundo a consultoria Mercer

Cidades da Europa ocidental dominam a lista das cidades com os maiores índices de qualidade de vida, com Viena permanecendo na primeira colocação pelo oitavo ano consecutivo. A infraestrutura urbana desempenha um importante papel na escolha das empresas para os novos locais de suas filiais, assim, este tópico se destaca em uma lista individual que teve o primeiro lugar ocupado por Singapura este ano. 

A Mercer avalia as condições de vida de mais de 450 cidades em todo o mundo. Estas condições são analisadas através de 39 fatores, agrupados em 10 categorias:

1. Ambiente político e social (estabilidade política, criminalidade, etc.).
2. Ambiente econômico (regras para câmbio, serviços bancários).
3. Ambiente sócio-cultural (disponibilidade e censura de mídia, restrições de liberdade de expressão).
4. Considerações médicas e de saúde (serviços médicos, doenças contagiosas, poluição, etc.).
5. Escolas e educação (padrão e disponibilidade de escolas).
6. Serviços públicos e transporte (eletricidade, água, transporte público, trânsito, etc.).
7. Recreação (restaurantes, teatros, cinemas, esportes e lazer).
8. Bens de consumo (disponibilidade de alimentos e itens de consumo diário).
9. Habitação (aluguel, eletrodomésticos, mobília, manutenção).
10. Ambiente natural (clima, desastres naturais).

A pontuação é atribuída para cada fator, que são então ponderados, refletindo sua importância para expatriados e permitindo comparações objetivas entre pares de cidades. O resultado é um index de qualidade de vida que compara as diferenças entre quaisquer duas cidades avaliadas. 

As 10 cidades com os maiores índices de qualidade de vida no mundo:

1. Viena, Áustria.
2. Zurique, Suíça.
3. Auckland, Nova Zelândia.
4. Munique, Alemanha.
5. Vancouver, Canadá.
6. Dusseldorf, Alemanha.
7. Frankfurt, Alemanha.
8. Genebra, Suíça.
9. Copenhague, Dinamarca.
10. Basileia, Suíça e Sydney, Austrália (empatadas).

Em infraestrutura, as 10 cidades mais bem posicionadas:

4º Lugar no Ranking Mercer 2017 de Qualidade de Vida. Munique, Alemanha. Foto: Visual Hunt

1. Singapura, Singapura.
2. Frankfurt e Munique (Alemanha) (empatadas).
4. Copenhague, Dinamarca.
5. Dusseldorf, Alemanha.
6. Hong Kong e Londres (Reino Unido) (empatadas).
8. Sydney, Austrália.
9. Hamburgo (Alemanha), Vancouver (Canadá) e Zurique (Suíça) (empatadas).

As cidades da América Latina não aparecem entre as 70 melhores cidades do mundo para se viver, com Montevidéu liderando a lista regional em 79º lugar geral.

As 5 cidades mais bem colocadas da América Latina:

5º Lugar no Ranking Mercer 2017 de Qualidade de Vida. Vancouver, Canadá. Foto: JamesZ/ Flickr / Visual Hunt.

1. Montevidéu, Uruguai (79º).
2. Buenos Aires, Argentina (93º).
3. Santiago, Chile (95º).
4. Brasília, Brasil (109º).
5. Assunção, Paraguai (115º).

A pesquisa avalia a situação de 450 cidades, mas nem todas são ranqueadas. No caso do Brasil, foram selecionadas quatro cidades com um grande volume de estrangeiros para entrar para a lista de qualidade de vida.

Rio de Janeiro e São Paulo se destacam pela facilidade de acesso de bens de consumo e atividades de lazer. Brasília, por sua vez, tem melhor performance do que as demais cidades brasileiras em transporte e outros serviços públicos, opção de moradia e histórico de problemas ambientais. A relação pacífica de Manaus com os países vizinhos é o item em que a cidade da Amazônia mais se destaca.

Pontos negativos das cidades brasileiras

109º Lugar no Ranking Mercer 2017 de Qualidade de Vida. Brasilia, Brasil. Foto: Roberto Castro.

Apesar de diferentes entre si, as quatro cidades brasileiras compartilham, de modo geral, os pontos negativos que as derrubam no ranking global. O Brasil vai mal na categoria “ambiente político social” e a criminalidade é um dos itens que mais prejudicaram a performance do país.

O Brasil registrou, por exemplo, recorde de 59,6 mil homicídios em 2014, alta de 22% em comparação aos 48,9 mil registrados em 2003. A taxa de 29,1 casos por 100 mil habitantes também foi a maior já registrada na história, conforme levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A dificuldade de aplicação de leis de forma democrática e equilibrada é outro fator negativo, assim como a instabilidade política interna. O cenário econômico ruim e a precariedade de serviços públicos, sobretudo transporte, também comprometeram a performance.

“Os protestos de 2016, a conjuntura politico-econômica, o agravamento da criminalidade, os escândalos de corrupção, a situação do transporte público, a estrutura dos aeroportos e disponibilidade de voos. Todos esses fatores combinados colocam o Brasil em situação de desvantagem em relação aos vizinhos da América do Sul”, disse Indre Medeiros, consultora da Mercer.

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Fontes: MercerBBC Brasil.

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