A iniciativa vai atender pessoas em situação de vulnerabilidade, como moradores em situação de rua ou indivíduos que perderam a casa em algum incidente, como deslizamentos e enchentes. “Numa estimativa conservadora, considerando que há 8 mil barracas, a gente espera 1,6 mil barracas”, afirma Soninha. Mas ela diz esperar mais: “Essa galera é engajada.”
Soninha afirma que as barracas não serão distribuídas a esmo pelas ruas, mas entregues em espaços reservados pela prefeitura para abrigar pessoas nessa situação. Isso ocorrerá em instalações como os galpões usados para acolher moradores de rua na temporada de frio, “como o que há na Lapa, que abrigava 50 beliches”, e nas tendas armadas pela cidade. No ano passado, a gestão municipal armou 16 dessas tendas.
“Pessoas nessa situação já estão sensibilizadas. É muito melhor que ela tenha um pouco privacidade”, diz. “As vezes tem casais, e o homem é encaminhado pra um lugar e a mulher, para outro.” “Tinha gente que preferia abrir acampar na frente do abrigo a entrar nele, só pra ter um pouco de privacidade.”
Soninha afirma que essa é uma solução paliativa, enquanto as pessoas não são encaminhadas para “uma solução melhor”, como repúblicas ou centros de acolhida.
***
Por Helton Simões Gomes do G1, São Paulo.