Bicicletas elétricas mudam o panorama da mobilidade urbana de Nova York

Via Bloomberg.

Em Nova York (EUA), as bicicletas elétricas estão remodelando o futuro do transporte da cidade. Tem sido cada vez mais comum avistar novos adeptos das bicicletas elétricas pelos parques e pelas ruas da metrópole norte-americana.

Calcula-se que 28 milhões de viagens foram realizadas em bicicletas elétricas em 2021. Foto: Bloomberg.

A repercussão que esse comportamento deve gerar na mobilidade urbana é a mesma que acontece em outros lugares do mundo: reduzir o impacto da poluição causada por outros meios de transporte e desafogar o trânsito das grandes cidades.

As bicicletas elétricas são ideais para trajetos mais curtos. Os modelos disponíveis para locação nas ruas de Nova York alcançam velocidade média de 30 quilômetros por hora e têm autonomia para percorrer até 90 quilômetros sem necessidade de recarga. Além disso, cada e-bike pode ser alugada para até 15 pessoas em um único dia.

Os novos modelos Citi Bike tem telas LCD e pintura prata refletiva. Foto: Lyft.

Essas vantagens de locomoção resultaram em um “boom” no número de adeptos às bicicletas elétricas na Big Apple, como mostra o Relatório Multimodal da Lyft. Calcula-se que 28 milhões de viagens foram realizadas em bicicletas elétricas em 2021, um índice três vezes maior que os registrados por outros meios de locomoção. Uma mudança e tanto de cenário para uma cidade em que as bicicletas elétricas eram proibidas até 2018.

Incentivos pró bicicletas elétricas

Para alavancar e popularizar o uso das bicicletas elétricas, uma iniciativa privada lançou o Equitable Commute Project, que oferece descontos e benefícios na compra de e-bikes para moradores de bairros de difícil acesso em Nova York.

Melinda Hanson, representante de uma empresa de consultoria em micromobilidade, que também coordena o projeto, acredita que o financiamento é fundamental para ajudar a expandir a popularidade das e-bikes.

Existem ainda projetos de lei em andamento que visam oferecer créditos e benefícios às pessoas que querem adotar as bicicletas elétricas como meio de transporte na cidade. Tais iniciativas são aprovadas pelo Departamento de Transportes da Cidade (Dot). Vin Barone, porta-voz do Dot, explica que “Tornar as opções de transporte verde mais acessíveis para os nova-iorquinos é fundamental para combater as alterações climáticas e assegurar um acesso equitativo à mobilidade”.

A inspiração para os subsídios na compra de bicicletas elétricas veio da Europa. Projetos parecidos foram implantados na França e na Alemanha, onde as empresas descontam dos salários dos funcionários um valor subsidiado para a compra de bicicletas elétricas.

Seja estadual ou local, na França, o subsídio pode ajudar a mudar o modo de transporte do usuário. Foto: Maison du Velo.

Apesar do “boom”, entregadores enfrentam obstáculos para recarregar as bikes. Visando melhorar essa questão, o Citi Bike, maior programa de compartilhamento de bicicletas dos Estados Unidos, está testando a possibilidade de as bicicletas serem recarregadas enquanto são transportadas pelos caminhões até os pontos de coleta.

Outro desafio da Big Apple é a questão de espaços adequados para locomoção. Ciclistas reclamam que as “ciclovias” não funcionam bem na maioria dos locais porque acabam servindo de estacionamento para outros veículos.

Para adequar essa questão, o governo lançou o Plano das Ruas de NYC, que pretende investir US$ 904 milhões na instalação de pistas exclusivas para ciclistas ao longo de 400 quilômetros até o fim de 2026 e reforçar a segurança das vias existentes até 2023.

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Fonte (inglês): Bloomberg.


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