Breve relato de um paulistano no Rio

Na região portuária revitalizada, que pode servir de inspiração para os paulistanos, visitei o Museu do Amanhã; os eventos Green Nation e a Feira Preta, edição carioca, para a qual fui convidado e participei de um painel representando o Inova Capital – Programa de Apoio a Empreendedores Afro-Brasileiros, do qual sou um dos coordenadores.

Tomei o “loiro gelado” no Sindicato do Chopp, experimentei os deliciosos bolinhos de bacalhau do tradicional bar Pavão Azul, e a queijadinha saborosa da Confeitaria Colombo. Caminhei pela estrada Paineiras, um exuberante trecho em plena Mata Atlântica, e pelas calçadas da orla, mas não mergulhei no mar nem pisei nas areias de Copacabana.

Um pequeno incidente com a queda do meu celular me deixou sem comunicação por algumas horas, e como ele resistiu em não ligar mais, tive que adquirir outro. Graças aos avanços tecnológicos, com a inserção do chip, resgatei todos os dados e me reconectei ao mundo virtual, lembrando que a vida acontece verdadeiramente no olho no olho. 

Por isso, na penúltima noite e sem qualquer planejamento, assisti ao monólogo “Depois do filme”, escrito, dirigido e interpretado por Aderbal Freire Filho, um drama bem humorado, que me fez refletir sobre as minhas inquietações e, no final, tive a felicidade de participar de um diálogo despojado com o artista, convidados, e uma plateia pequena, atenta e sensível formada pela turma das artes do palco.

Assim é o viver. Em São Paulo, minha casa, sistematicamente me acontece esse tipo de “casualidade”. No Rio, não foi diferente, afinal as conexões habitam em nós e seguem com a gente para qualquer lugar.  Foi uma boa viagem, mas voltar, valorizar o que temos, e lutar para fazer de Sampa uma cidade mais bacana para todos nós é desafio que precisamos enfrentar hoje e sempre de coração aberto. Por aqui, fico. Até a próxima.

***
Leno F. Silva é diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas. Escreve toda semana no São Paulo São.
 

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