Caminhada São Paulo Negra revela histórias e personagens esquecidos

A região é o ponto de partida para a caminhada, que revela histórias e personalidades que deixaram marcas e contribuíram com o desenvolvimento da cidade. Reduto negro nos séculos XVIII e XIX, o bairro abrigava o antigo Pelourinho e o Largo da Forca, no período colonial, e também algumas rotas de fuga de escravizados da cidade.

Dar visibilidade à memória da população negra é o propósito da caminhada, um tour de cerca de 2h por regiões emblemáticas da cidade, como o Largo do Paysandu, Largo do Arouche, entre outros. Em cada parada e diversos pontos da cidade, os guias Guilherme Soares Dias, Heitor Salatiel e Luciana Paulino revelam histórias esquecidas, fatos curiosos e legados de personalidades negras que marcaram a cidade, como Luiz Gama, Carolina Maria  de Jesus e o arquiteto Joaquim Pinto de Oliveira, o Tebas.

A Caminhada São Paulo Negra convida o público a conhecer lugares importantes da história da população negra na cidade - como o Bairro da Liberdade. Foto: Divulgação.

“Suas marcas e histórias pela cidade são reveladas e há sempre o questionamento do porquê não conhecemos essas figuras tão importantes antes”, conta Guilherme Dias, jornalista, colunista da Carta Capital e autor do livro Dias pela Estrada.  “As histórias negras estão por toda a cidade, no centro e em todas as esquinas (inclusive na Ipiranga com São João, a mais famosa delas), apesar de muitas vezes não serem contadas”, completa.

Em São Paulo, 37% da população se autodeclara de cor preta ou parda, o que soma cerca de 4 milhões de pessoas, fazendo que essa seja a maior população negra em uma cidade no país. Salvador, por exemplo, tem cerca de 3 milhões de habitantes no total, sendo que mais de 80% se declaram pretos ou pardos.

Em cada parada e diversos pontos da cidade, os guias revelam histórias esquecidas, fatos curiosos e legados de personalidades negras que marcaram a cidade. Foto: Divulgação.

Além dos pontos históricos, a caminhada também destaca a ocupação do Centro da cidade por imigrantes e refugiados africanos. Uma das paradas foca a cultura trazida pelos imigrantes, como restaurantes, lojas de roupas, músicas e centros culturais onde as comunidades se encontram.

A saída será às 10h, com ponto de encontro no Metrô Liberdade. Para participar, os interessados devem se inscrever no site https://diaspora.black/. As inscrições custam R$ 50, e o pagamento pode ser feito com transferência ou depósito.

Serviço

Mais informações: https://diaspora.black/
Facebook e Instagram: @diaspora.black
contato@diaspora.black

***
Com informações Diáspora Black.

Tags

Compartilhe:

Share on facebook
Share on twitter
Share on pinterest
Share on linkedin
Share on email
No data was found

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Categorias

Cadastre-se e receba nossa newsletter com notícias sobre o mundo das cidades e as cidades do mundo.

O São Paulo São é uma plataforma multimídia dedicada a promover a conexão dos moradores de São Paulo com a cidade, e estimular o envolvimento e a ação dos cidadãos com as questões urbanas que impactam o dia a dia de todos.