O grupo apresenta o Programa I: Brazyleirinhas QI. O nome “Brasyleirinhas” é uma brincadeira com a característica presente nas quatro peças deste programa: quatro peças de curta duração, de autoria exclusivamente brasileira.
Quem explica um pouco sobre esta programação é Thiago Reis Vasconcelos, diretor da Companhia: “Esta ação se refere a um programa de peças curtas, com um eixo temático mais definido, que acontecem no mesmo dia, mas que não necessariamente tem uma temática em comum. A ideia é realizar uma apreciação de peças como se faz em um cinema, em um dia de programação de curtas. Ou até mesmo como na literatura, em um livro de coletânea de crônicas ou contos.”
A ideia de programa é inspirada no Teatro do Grand-Guignol e no primeiro cinema, ambos com formatos muito particulares, mas que tem em comum a ideia conceitual de alternância de diferentes tipos de peças e atrações. O Programa é composto por uma série de atrações distintas e populares que mistura terror, comédia, drama e até mesmo conversas e debates. As quatro peças que compõem o programa Brazyleirinhas são: Furo no Casco, O Grande Circo da Ideologia, Estudo para o Terror e M. [Isso não é uma peça feminista].
Furo no Casco é uma espécie de metáfora social em tom de comédia, sobre as relações entre o poder e a relação com as classes sociais. O Programa conta ainda com uma farsa filosófica em que uma trupe de circo tenta provar que as teses sobre Feuerbach de Marx e Engels estão equivocadas; um Drama com elementos epicizantes, que conta a história de uma mãe baleada, que vê sua vida, a relação entre seus filhos e o ambiente onde foi criada: o morro. Por último, uma peça de terror, uma espécie de canto paralelo inspirado em o Bebê de Rosemeire, o conto A Pata do Macaco e Quando as Máquinas Param, de Plínio Marcos. Esta alternância entre assuntos prosaicos e filosóficos, comédias e dramas, é um dos aspectos importantes desta proposta de fruição de variedades presente nos quatro trabalhos.
“Acreditamos que estes programas podem trazer ao público uma relação de apreciação muito prazerosa e fomentar um pensamento que se relaciona entre as peças”, complementa Thiago.
O Programa I: Brazyleirinhas QI começa em 14 de outubro, com apresentações gratuitas no Espaço Pyndorama e edições dos Diálogos Antropofágicos, nos dias 18 de outubro, 8 e 9 de novembro, com convidados especiais que trarão importantes reflexões em uma roda de conversa sobre o fazer teatral.
Vale se programar para assistir Brazyleirinhas e fazer uma imersão nessa Trama.
Temporada – Program I: Brazyleirinhas QI
O Grande Circo da Ideologia
Texto de ato único de autoria coletiva da Companhia do Latão. Classificado como uma farsa filosófica apresenta o desafio de experimentações de linguagem. Uma cena abertamente épica e teórica se abre para a necessidade de utilização de inúmeros recursos metalinguísticos, a fim de transmitir uma dinâmica de entendimento prático. As linguagens do circo, do palhaço e do entretenimento popular em geral são chaves para o trabalho do ator e ferramentas expostas no manejo da ideologia. Reflexões sobre o imaginário social e politização da cena em geral.
Gênero: Drama.
Datas e Horários: 14, 15, 16, 21, 22 e 23 de Outubro de 2016 – 18h00 / 08 de Novembro de 2016 – 20h00 (nesta data seguido por Diálogo Antropofágico com Ney Piacentini da Companhia do Latão)
Duração: 50 minutos – Ingressos: Gratuito – Capacidade: 60 lugares – Classificação Indicativa: 12 anos.
Furo no Casco
A história de um navio com muitos passageiros de todas as classes, que navega com um furo no casco. O comandante tem várias ideias para salvar os passageiros e sua tripulação, mas para isso é necessário um grande sacrifício. Texto do dramaturgo Chico de Assis.
Datas e Horários: 14, 15, 16, 21, 22 e 23 de Outubro de 2016 – 19h00 / 9 de Novembro de 2016 – 20h (seguido por Diálogo Antropofágico com Maria Sílvia Betti sobre A Dramaturgia de Chico de Assis).
Duração: 45 minutos – Ingressos: Gratuito – Capacidade: 60 lugares – Classificação Indicativa: 14 anos.
M. [Isso não é ma peça feminista]
A peça conta a vida de M., uma jovem órfã levada pelo caminho da prostituição e do tráfico de drogas. Com linguagem inspirada pelos expedientes da indústria cultural, o espetáculo explora diversos lados e versões de uma mesma tragédia social. Este experimento parte pesquisa do grupo sobre o universo dos vagabundos, malandros e pícaros, conta com recursos audiovisuais e tem dramaturgia de Mei Hua Soares.
Gênero: Drama.
Datas e Horários: 14, 15, 16, 21, 22 e 23 de Outubro de 2016 – 20h30 / 18 de Outubro de 2016 – 20h00 (Seguido de Diálogo Antropofágico com Mei Hua, autora de M. [Isso não é uma peça feminista})
Duração: 40 minutos – Ingressos: Gratuito – Capacidade: 60 lugares – Classificação Indicativa: 14 anos.
Estudo para o Terror
Um casal encontra-se em dificuldade financeira devido ao desemprego do marido, enquanto a mulher deseja especializar-se em gastronomia, até que uma gravidez inesperada gera um conflito entre os dois. Com a chegada de estranhos vizinhos acontecimentos misteriosos passam a fazer parte da rotina do casal.
Este experimento contou com a colaboração do dramaturgo Rogerio Guarapiran e tem como referências como o filme O bebê de Rosemary, o conto de terror A Pata do Macaco e o texto Quando as máquinas param, de Plínio Marcos.
Gênero: Terror.
Data e Horários: 14, 15, 16, 21, 22 e 23 de Outubro de 2016 – 21h30 / 18 de Outubro de 2016 – 19h (Seguido de Diálogo Antropofágico com Rogerio Guarapiran, autor de Estudo para o Terror).
Duração: 60 minutos – Ingressos: Gratuito – Capacidade: 60 lugares – Classificação Indicativa: 16 anos.
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Com informações de Luciana Gandelini / Assessoria de Comunicação.