Que cinema é magia, poucos duvidam. A tela grande, o escurinho, os mundos que se contam em som, em imagem, em movimento. O Cinesolar é tudo isso. E um pouco mais. Porque a magia do cinema se realiza sem rede elétrica. A essência do projeto, que já levou a telona para mais de 70 mil pessoas em 215 cidades do País, desde 2013, são placas que captam energia solar e garantem as exibições.
O CineSolar é um projeto de cinema móvel que conta com dois carros equipados viajando separadamente para atenderem diferentes cidades. Os carros são equipados com placas solares que possibilitam a conversão de energia solar para a elétrica. Uma unidade é equipada com cabine de DJ, e conta também com espaço reservado a um acervo artístico feito por participantes de oficinas artísticas realizadas em diversas cidades que já receberam o projeto. A segunda estação móvel é chamada de CineSolar Tupã e conta com uma instalação de estúdio de TV.
Para Cynthia Alaro, sócia fundadora da Brazucah Produções e idealizadora do CineSolar, as oficinas são muito impactantes. “As oficinas de vídeo e de cinema trabalham um conteúdo a partir da realidade local, com pessoas que nunca foram a um cinema e que, ao verem os filmes produzidos pelas crianças e adultos, ficam emocionadas ao conhecerem uma nova forma de ver e retratar o próprio cotidiano e os seus arredores. O que é muito especial para a comunidade e para a nós.”
Cynthia conta que a ideia do Cinesolar surgiu depois que ela teve contato com um projeto semelhante na Holanda, em 2010. “Achei que era a cara do Brasil”, diz. “Fizemos uma estação móvel de arte, sustentabilidade, cinema e cultura”, define.
Para as apresentações do Circuito Municipal de Cultura foram selecionados cinco curtas metragem e dois longas-metragem. Os curtas abordam temas educativos e de sustentabilidade voltados ao público infantil. “Nega que é nega não nega não”, que retrata o protagonismo e a força do universo negro feminino para a sociedade e as próximas gerações. O outro filme exibido, “Detox SP”, é um documentário que mostra a poluição do rio Tietê na cidade de São Paulo.
Centro de Formação Cultural de Cidade Tiradentes – Rua Inácio Monteiro, 9600 Dia 3/2. Sábado, 20h.
Casa de Cultura de São Mateus – Rua José Francisco dos Santos, 502, Jardim Tiete Dia 17/02. Sábado, 20h.
Casa de Cultura Vila Guilherme – Praça Oscar da Silva, 110, Vila Guilherme Dia 24/11. Sábado, 20h.
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Com informações da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo / Em Cartaz.