Comunidade do samba paulistano propõe fortalecimento dessa cultura no calendário da cidade

O prefeito Fernando Haddad recebeu na tarde desta quinta-feira (2) 16 representantes da comunidade do samba paulistano para discutir uma política pública que consolide o reconhecimento dessa cultura centenária na cidade de São Paulo. Entre as propostas estão a criação de um roteiro cultural permanente e a promoção de eventos para comemorar os 100 anos da gravação do primeiro samba, que serão completados em dezembro.
 
Além disso, uma das sugestões é criar Clubes do Samba no programa Rua Aberta, que abre uma via por subprefeitura para as pessoas aos domingos. “O programa já é um espaço aberto ao samba. Outro dia eu fui para a Avenida Paulista e tinha uma roda de samba. Nunca tinha visto antes lá”, contou Haddad. O prefeito se comprometeu a analisar formas de viabilizar os dez pontos propostos pelo documento apresentado pelos sambistas. “O que estou vendo aqui não tem nenhum bicho de sete cabeças. Todas as dez agendas propostas são fatíveis. São ações baratas e de reconhecimento. São gestos, mais do que ações. Gestos concretos para mudar a cara da cidade”, disse o prefeito.
 
Para a sambista e deputada estadual Leci Brandão, a reunião representou um momento importante de aproximação da Prefeitura com as reivindicações das comunidades do samba.  “A cidade de São Paulo tem uma vida de samba ativa, legítima, viva, mas que infelizmente nem sempre é mostrada. Nos grandes eventos, o samba mais tradicional, feito de forma mais independente e mais sacrificada, nunca tem um protagonismo”, afirmou.
 
O samba paulistano criou raízes no bairro da Barra Funda, na segunda metade do século 19, com a mistura das manifestações culturais do interior do Estado com o samba carioca, que chegava pelas linhas férreas da região. Hoje, há rodas de samba e artistas em todo o território da cidade.
 
“Queremos ser reconhecidos como entidade cultural. Nós fazemos samba o ano inteiro e não só no Carnaval”, apontou Kaxitu Campos, presidente da União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP). As artistas Duda Ribeiro e Tia Cida, ambas da Velha Guarda, engrossaram esse coro e defenderam a importância de dar mais espaço para o samba nas políticas públicas culturais da cidade. “Sou artista da comunidade. Não estou na Globo, mas estou na boca do povo há 40 anos. Tenho muita fé que este encontro de hoje será o marco para ações concretas”, disse Duda Ribeiro.
 
Além deles, participaram do encontro Moisés da Rocha, jornalista; Marquinhos Jaca, presidente da Associação de Sambistas, Terreiros e Comunidades do Samba de São Paulo – ASTECSP; Osmar Costa, empresário da área musical e vice-presidente do GRCES Rosas de Ouro; Alexandre Alves, diretor de carnaval da União das Escolas de Samba Paulistana – UESP;  Daniela Oliveira, representando a Comunidade do Samba da Laje; Reinan Rocha, representando a Comunidade do Samba do Maria Cursi; Julio Marcos, representando a Comunidade do Samba na Feira; Eloisa Dias, representando o Terreiro de Compositores; Fernanda de Paula, diretora cultural da Associação de Sambistas, Terreiros e Comunidades do Samba de São Paulo – ASTECSP; Yvisson Pessoa, cantor e compositor, representando o coletivo de sambistas independentes; e Paulo Henrique – PH, coordenador do Pagode Segunda sem Lei.

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Fonte: Secretaria Executiva de Comunicação / Portal da Prefeitura. 

 

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