Saldiva está coberto de razão. Há uma conexão clara entre tudo o que fazemos e o meio ambiente. Cada uma de nossas ações afeta diretamente a vida coletiva. Quando falamos da mobilidade urbana, isso também é muito claro. A nossa escolha diária de locomoção pode impactar positiva ou negativamente na qualidade de vida das cidades, na saúde das pessoas e no bem-estar geral, influenciando até no clima.
Metrópoles com frotas gigantescas de carros, como São Paulo, são verdadeiras “ilhas de calor” e têm índices de poluição perigosos. Na capital paulista, segundo dados do IEMA (Instituto de Energia e Meio Ambiente), os carros são responsáveis por 73% das emissões de gases que contribuem para o aumento do efeito estufa. Os ônibus, que rodam quase sempre a diesel, respondem por outros 24%.
Por isso, escolher o transporte coletivo e priorizar as caminhadas e a bicicleta, além dos modais elétricos (bicicleta, patinete, scooter e monociclo) são decisões inteligentes e que vão repercutir de forma positiva no dia a dia.
Com essas ações, não vamos apenas deixar um planeta melhor para as próximas gerações – o que é chamado de justiça entre gerações, um respeito pelas pessoas que virão –, mas vamos também viver melhor o presente, aproveitando a vida com mais saúde, prazer e respeito pelo próximo. Esse é o conceito da responsabilidade coletiva, um valor que leva à construção de sociedades mais humanas, igualitárias e felizes.
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