“Construindo Histórias”: o passado e o futuro da cidade na 3ª edição da Jornada do Patrimônio de SP

A Secretaria Municipal de Cultura, por meio do Departamento de Patrimônio Histórico (DPH), realiza no fim de semana dos dias 19 e 20 de agosto, a 3ª edição da Jornada do Patrimônio com o tema “Construindo Histórias”.

Com o intuito de fomentar o conhecimento e a valorização do patrimônio histórico e cultural da cidade, o evento promove atividades de visitação a prédios históricos, além de roteiros de memória, apresentações artísticas e uma série de palestras e oficinas. A iniciativa, lançada em 2015, é inspirada nas Journées Européennes du Patrimoine, na França, e no Open House, em Nova York, nos Estados Unidos.

A Jornada 2017

A identidade visual da Jornada do Patrimônio 2017 dialoga diretamente com o tema, “Construindo Histórias”, que trata desse diálogo do patrimônio histórico com o presente e o futuro da cidade. A partir de três cartazes foram elaboradas as demais peças gráficas.

São Paulo tem muita história para contar. E a Jornada do Patrimônio, chega com uma programação diversa, unindo arte e patrimônio, para nos lembrar disso.

Nesta edição, o tema será “Construindo Histórias” e a programação artística, assim como toda a parte histórica, foi concebida dentro de alguns eixos que tratam o modo de viver na cidade como estudar, trabalhar, vender, circular etc.

A Jornada do Patrimônio tem uma programação gratuita e diversificada com o intuito de aproximar o público a espaços tombados ou com valor afetiva que fazem parte da história da cidade. Ao todo, serão realizados 77 roteiros, 52 palestras, 32 oficinas, 103 imóveis, 86 visitas guiadas, 13 apresentações artísticas, 7 apresentações e 5 lançamentos de livros.

“Esta é uma forma de aproximar os cidadãos de um evento que ainda é novo no calendário da cidade e trata de um tema que pode estar distante do cotidiano de muita gente. Nossa ideia é unir uma programação artística de qualidade, gratuita, que estabelece um diálogo com os locais que as abrigam despertando o interesse do público por estes espaços e, consequentemente, sua história”, ressalta o secretário municipal de Cultura, Andre Sturm.

Com o intuito de fomentar o conhecimento e a valorização do patrimônio histórico e cultural da cidade, o evento promove atividades de visitação monitorada a prédios históricos, além de roteiros de memória, apresentações artísticas e uma série de palestras e oficinas. 

Destaques por eixos

Estudar

A Casa de Cultura da Vila Guilherme – Casarão é o imóvel representante deste eixo por ter abrigado uma escola em seu passado. A partir do período republicano, surgiram na paisagem paulistana edifícios destinados exclusivamente para o ensino, tanto básico como de ofícios. Eram grupos escolares, colégios religiosos, liceus técnicos, que podem ser reconhecidos por sua linguagem arquitetônica eclética. O Casarão receberá no sábado, às 20h, o espetáculo Folias Galileu, um caleidoscópio criado a partir da Vida de Galileu de Bertolt Brecht, onde o espaço ganha importância e ganha dimensão de personagem dentro da narrativa.

Trabalhar

Localidades próximas às ferrovias e estradas, que conectavam a cidade ao porto de Santos e às regiões produtivas do interior, foram ocupadas por uma concentração e circulação permanente de trabalhadores. A Cinemateca Brasileira, antigo matadouro da cidade, receberá no domingo, às 18h, a festa argentina Pies Descalzos, que proporciona uma vivência diferenciada ao público ao oferecer mais de 20 performances interativas, de diferentes linguagens, aéreas e de chão. MORAR Um dos maiores ícones da cidade, o Copan projetado na década de 50 por Oscar Niemeyer com colaboração de Carlos Alberto Cerqueira Lemos, é o imóvel que melhor representa este eixo por ter o espírito da cidade: grandioso. O prédio que conta com 22 elevadores e 1.160 apartamentos, que vão de 16 a 217 metros quadrados, receberá no domingo uma grande homenagem ao CircoTeatro com o encontro das Companhias “La Mínima” e “Os Fofos Encenam”, às 11h.

Comprar e vender

Em 1897 foi inaugurado o Mercado Municipal de Santo Amaro, construção que atendia a demanda dos moradores da região sul da cidade, que formava o Celeiro de São Paulo, núcleo produtor de gêneros agrícolas juntamente com Itapecerica e Embu das Artes. Até 1958, o mercado funcionou onde hoje é a Casa de Cultura Manoel Cardoso de Mendonça, em que se apresentarão o flautista Pablo Cobello e o violonista Ricardo Farão com um repertório variado de músicas instrumentais brasileiras no sábado, às 14h.

Circular

As áreas mais dinâmicas da cidade de São Paulo, do ponto de vista comercial, financeiro e simbólico, caracterizaram-se por um percurso territorial peculiar: primeiro a superação do Triângulo e do Vale do Anhangabaú, ocupando o Centro Novo; em seguida subindo em direção ao marcante divisor de águas de sua paisagem, onde foi desenhada a Avenida Paulista. Mais recentemente a descida para o lado oposto, na direção do vale do Rio Pinheiros, com as avenidas Faria Lima, Engenheiro Luís Carlos Berrini e Marginal Pinheiros. O Viaduto do Chá, a Casa das Rosas e o Museu da Casa Brasileira são os locais escolhidos como símbolos deste eixo. Quem passar pelo Viaduto do Chá, a partir das 10h do sábado, vai se deparar com a intervenção artística “A Rua é Clássica”, protagonizada por bailarinos que dançam nas ruas e calçadas da cidade. Também no sábado, às 17h, o público vai poder apreciar o projeto Sampando – Um Passeio por São Paulo através das músicas. Sucessos de Adoniran Barbosa, Demônios da Garoa, Originais do Samba, Caetano Veloso, Paulo Vanzolini, Premê, Rita Lee, Tom Zé fazem parte do repertório. No domingo, o Balé da Cidade de São Paulo ocupa o Museu da Casa Brasileira com trechos coreográficos do projeto Asas para Voar, que tem estreia prevista para dezembro deste ano, a partir das 14h.

Lembrar

A cidade de São Paulo abriga edifícios, esculturas e espaços públicos que remetem a referências históricas e de memórias coletivas ou individuais. O Museu da Imigração é um ícone importante da questão da memória da formação da população paulistana. Era ali que inicialmente chegavam os imigrantes europeus e, posteriormente, passou a receber os migrantes de outros estados brasileiros. Em homenagem a sua trajetória, o Museu receberá apresentação do Grupo de Taikô Ikkon Wadaiko Patriarca, apresentação de dança folclórica japonesa Ikeshiba Ryu e os cantores de Música Enka: Takeshi Nishimura e Elaine Hara no sábado, dia 19, às 16h.

Passear

Registros de São Paulo na metade do século 19 mostram poucas atividades que se parecem com o lazer que conhecemos hoje. Famílias com suas melhores roupas passeando por jardins e parques públicos; dança e música em festas religiosas; os poucos estudantes das Arcadas divertindo-se em estudantadas boêmias. Mas, conforme o século 21 se aproximava, já se apresentavam pela cidade as trupes circenses. No mesmo período surgem, também, os primeiros teatros paulistanos. Resultariam, ao longo do século 20, na grande diversidade de espaços de diversão e cultura, entre os cinemas estão o Cine Ipiranga, Cine Marrocos e Ufa-Palácio. Entre os teatros, destacam-se o TBC, o Teatro de Arena, o Oficina, o Maria Della Costa, entre tantos outros. Para compor este eixo, a tradicional casa de bailes União Fraterna terá uma programação Especial Baile Samba Rock, com Farufyno, Os Opalas e Baile do Simonal a partir das 18h de sábado.

“Mapa da Cidade de São Paulo e seus Subúrbios”, elaborado no século 19/ Note o “Triângulo Histórico”, em vermelho, e o círculo ao redor da região da Liberdade.
A programação completa está disponível no endereço http://www.jornadadopatrimonio.prefeitura.sp.gov.br/site1/

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Com informações da Secretaria Municipal de Cultura.

 

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