É difícil para a psicóloga Anne de Bonneval, de 59 anos, falar sem se emocionar sobre os últimos dias no casarão da família Almeida Corrêa, um dos últimos a serem demolidos na Avenida Paulista para o alargamento da via.
O prédio do Banco Central já foi a residência de Anne de Bonneval. ‘Para nós, era um conto de fadas’. Foto: Gabriela Biló / Estadão.
Era 1973 e a Paulista, já tomada por prédios, mudava o horizonte à medida que o progresso tomava conta. A família, no lote desde 1892, sentiu-se enjaulada em meio a tantos arranha-céus e a cedeu à pressão da modernidade. “Para nós, era um conto de fadas. Todo mundo ficou doente quando saiu de lá. Digo que estou doente até hoje.”