A locomoção das pessoas após a quarentena deverá ser uma das preocupações centrais na retomada das atividades sociais e econômicas nas grandes metrópoles. A professora Helena Ribeiro, pesquisadora do Departamento de Saúde Ambiental, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, recomenda que os gestores públicos tracem estratégias e proponham políticas bem planejadas para incentivar ações integradas de mobilidade urbana e saúde ambiental. A professora coordenou um estudo feito por pesquisadores da FSP e da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP que investigou o impacto na melhoria da qualidade do ar em cidades que adotaram medidas de restrições de mobilidade de veículos automotivos durante a quarentena de covid-19. O estudo foi feito em São Paulo, Paris (França), Nova York e Los Angeles (EUA). Nas quatro cidades estudadas, houve queda no índice de poluição atmosférica: redução de material particulado (poeira em suspensão), de gás carbônico e nitrogênio.