Há dois anos, o grupo iniciou o estudo Territórios populares, que tem como objetivo deslocar o olhar sobre os espaços urbanos. Foto: PBH.
Resultado de pesquisa do grupo Praxis, da Escola de Arquitetura da UFMG, a plataforma Leitura do Lugar foi desenvolvida como ferramenta digital que possibilita a representação do espaço urbano sob a ótica dos moradores. A plataforma é parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Carolina Almeida, graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG. O grupo Praxis já vinha buscando a possibilidade de desenvolver uma ferramenta digital que apoiasse as pesquisas no espaço urbano.
Partindo dessa necessidade e de seu interesse pela web, Carolina desenvolveu a ferramenta durante um ano, num projeto de iniciação científica, sob orientação da coordenadora do Praxis, professora Denise Morado.
Há dois anos, o grupo iniciou o estudo Territórios populares, que tem como objetivo deslocar o olhar sobre os espaços urbanos, especialmente aqueles caracterizados pela ocupação e autoconstrução, do ponto de vista técnico e acadêmico para o olhar do morador, legitimando a percepção daqueles que vivem nesses espaços.
Síntese teórica para outro jogo de linguagem. Fonte: PRAXIS-EA/UFMG, 2019
A pesquisa teve como foco o Eixo Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O bairro Vila Mariquinhas foi selecionado para realização de entrevistas com habitantes e coleta de informações. Com base em um roteiro de perguntas, com temas como serviços disponíveis no bairro, trajetos possíveis no dia a dia ou tipos de imóveis, estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFMG fizeram visitas, abordando as pessoas, recolhendo relatos e produzindo registros fotográficos.
Cruzamento de dados institucionais e de pesquisas. Fonte: PRAXIS-EA/UFMG, 2019.
Essas informações foram inseridas na plataforma Leitura do Lugar pelos alunos da Escola de Arquitetura da UFMG. O grupo se preocupa em preservar a fala do morador, apoiada por fotos e mapas com marcações que demonstram áreas ou trajetos, possibilitando a leitura dessas informações de forma ampla. O objetivo é que esse conteúdo possa viabilizar novas abordagens de políticas públicas nesses espaços.
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Fonte: UFMG.
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