
A história da capital armênia, Erivan, remonta à fortaleza Erebuni, construída durante o Reino de Urartu, em 782 a.C. – o que a torna uma das cidades mais antigas do mundo. Sua arquitetura é predominantemente marcada pelos anos em que foi república soviética, entre 1920 e 1991. O plano geral e alguns dos principais símbolos da cidade datam de 1924 e levam a assinatura do arquiteto Alexander Tamanyan, nascido na Rússia. Sua obra mais importante é o edifício da ópera, cujo projeto foi premiado no Gran Prix em Paris, em 1937. O local é um dos mais procurados pelos turistas.
Matenadaran - o Museu de Manuscritos Antigos. Foto: Armando Fávaro / Estadão.
O edifício da ópera nacional, projeto do arquiteto Alexander Tamanyan, premiado no Gran Prix em Paris, em 1937. Foto: Ayas Tour.
No coração da capital está a Praça da República, cercada por um complexo de cinco prédios parecidos, divididos entre sedes do governo, escritórios e hotéis, como o Marriot, tradicional por hospedar grandes nomes da era soviética. O lugar chegou a ser chamado Praça de Lenin – uma estátua do líder soviético foi erguida em 1940, mas acabou removida com a dissolução da União Soviética.
O Museu de História da Armênia, com riquíssimo acervo arqueológico, e a Galeria Nacional ficam na praça. No chafariz em frente, moradores e visitantes assistem todas as noites ao show das águas dançantes, ao som de trilha sonora que vai da música clássica à pop.
Outra obra do arquiteto Tamanyan em Erivan é a Grande Cascata, cujo projeto só saiu do papel após sua morte, em 1936. Foto:Consulado da Armênia.
Vista da estação Ponte Pequena do Metrô, que virou Armênia em 1985. Foto: Metrô / CPTM.
Erivan reserva ainda um cantinho especial para os brasileiros: a Praça Brasil, construída em 2000 e formada de canteiros da flor-símbolo do país, a miosótis. A praça foi uma resposta à renomeação, em São Paulo, da estação Ponte Pequena do Metrô, que virou Armênia em 1985. E pelo fato de o Brasil ter sido um dos primeiros países a reconhecer a Armênia como um Estado independente em 1991, após o fim da União Soviética.
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Por Renata Tranches para o Estadão.
Sao Paulo Sao