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Mural seleciona fotos da periferia para compor exposição
Qual é a sua periferia? Até o dia 28 de outubro, o Mural está em busca de fotos que retratam o cotidiano das periferias em bairros da capital e cidades da Grande São Paulo.
No mês das crianças, a Spcine promove exibições gratuitas de filmes infantis em 20 unidades do CEU (Centro de Educação Unificado) e três centros culturais da capital.
A programação da Sessão CineMinha – Filmes para crianças (e adultos) acontece sempre aos domingos, de 11 de outubro a 15 de novembro. A mostra reúne longas nacionais e franceses, com histórias que destacam a diversidade cultural.
Entre os filmes, estão a animação “O Menino e o Mundo”, do cineasta Alê Abreu, premiada em diversos festivais pelo mundo; “As Aventuras do Avião Vermelho”, uma adaptação do livro homônimo de Érico Veríssimo; e “Zarafa”, produção franco-belga sobre as aventuras de um menino e uma girafa numa viagem de Sudão a Paris.
O projeto é uma realização da Secretaria Municipal de Cultura, por meio do Circuito Municipal de Cultura, e tem o apoio do programa São Paulo Carinhosa. A curadoria tem a assinatura do Núcleo de Programadores, que inclui representantes da Spcine, Cine Olido, Centro Cultural São Paulo, Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes e Bibliotecas Municipais.
Na programação:
'As Aventuras do Avião Vermelho', animação de Frederico Pinto e José Maia.
Fernandinho acabou de perder a mãe e seu pai não sabe como confortá-lo. Um dia, ele dá ao filho um livro que marcou sua infância, sobre um capitão que está preso num lugar muito perigoso. Mergulhado na história, Fernandinho se imagina subindo no avião vermelho e indo resgatar o capitão. O filme é baseado no livro homônimo de Érico Veríssimo.
Classificação Indicativa: Livre
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=XJp2oHKAhUM
'O Segredo dos Diamantes', de Helvécio Ratton.
Com Matheus Abreu, Rachel Pimentel, Alberto Gouvea
Ângelo é um garoto de 14 anos que descobre uma antiga lenda sobre diamantes perdidos e parte em busca desse tesouro para salvar a vida do pai. Para isso, ele e seus amigos, Júlia e Carlinhos, terão que decifrar o enigma e vencer a perseguição do vilão Silvério, que também sabe do tesouro e não vai desistir até encontrá-lo.
Classificação Indicativa: 10 anos
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=TXfnpxxhoeM
'O Menino e o Mundo', animação de Alê Abreu.
Sofrendo com a falta do pai, um menino deixa sua aldeia e descobre um mundo fantástico dominado por máquinas-bichos e estranhos seres. Uma inusitada animação com várias técnicas artísticas que retrata as questões do mundo moderno através do olhar de uma criança.
Classificação Indicativa: Livre
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=6lFP8FVUwK8
Confira os locais e horários: https://spcine.wordpress.com/
A apresentação será composta por 30 bailarinos não profissionais. São pessoas comuns entre 21 e 53 anos que não seguem necessariamente o estereótipo de um bailarino; são indivíduos de estatura alta e baixa, acima ou abaixo do peso ideal, de diferentes características físicas e sociais. Porém, todos têm em comum o fato de terem encontrado na dança sua própria e pessoal forma de expressão e, por vezes, de superação. Com essas características, a montagem gera no espectador o estado de verossimilhança, uma vez que a plateia se sente representada no palco.
Na oficina de criação, além dos jovens brasileiros, há a presença de representantes de diferentes países que estão em processo de intercâmbio no Arrastão e farão parte do processo. Além disso, o figurino foi desenhado por Juarez Puig e está sendo desenvolvido junto com as costureiras do Arrastão.
Já a trilha será original e criada pela banda AcidTree. A criação das músicas teve seu início em junho e conta com a participação de seis músicos dirigidos pelo vocalista da banda Ed Marsen e pelos diretores do espetáculo.
O tema do espetáculo surgiu da ideia de estimular e resgatar passagens, símbolos e significados que permeiam a vida do homem, especialmente na relação que o indivíduo tem ao interpretar os fatos que cercam o cotidiano das pessoas através das experiências adquiridas em rituais ordinários e extraordinários durante a vida humana. Neste sentido, KOAN apresenta de maneira simbólica, o olhar, as sensações e o sentido interno que conduz o homem para uma interpretação e respectivo aprendizado.
Além de Koan, o grupo Chega de Saudade já trabalhou com três outros espetáculos que foram sucesso de público: Projeto Carretel (2012), Projeto Grão (2013) e Projeto Correm as cidades pelos quatro cantos do mundo (2014).
Serviço:
Teatro Masp, Avenida Paulista 1.578 – São Paulo.
Dias 23, 24 e 25* de outubro ( 21h e *domingo às 20h)
R$ 50,00 – R$ 25,00 meia entrada.
Livre.
Com curadoria-geral de Solange Farkas, criadora do evento anual, nesta edição o festival foi concebido em parceria com os curadores-associados brasileiros Bernardo José de Souza, Bitu Cassundé, Júlia Rebouças e o português João Laia. Convidados pela comissão de curadores, os artistas Abdoulaye Konaté (Mali), Gabriel Arantes (Portugal), Yto Barrada (Marrocos/França) e Sonia Gomes e Rodrigo Matheus (Brasil) terão trabalhos reunidos na mostra coletiva Panoramas do Sul/Artistas Convidados, que será realizada no Galpão do Sesc Pompeia.
Com foco na produção do Hemisfério Sul, as obras reunidas nessa mostra terão em comum a exploração de temas de caráter geopolítico da região, como a formação da identidade, os impactos do imperialismo e do colonialismo, a relação entre cultura e natureza e a transposição de produções artesanais para o contexto da arte contemporânea.
Nas áreas de convivência do Sesc Pompeia também será realizada a mostra Panoramas do Sul/Obras Selecionadas. A coletiva reunirá trabalhos de 53 artistas e coletivos selecionados por meio de edital. Com expografia do arquiteto André Vainer, o espaço foi especialmente criado para provocar e cooptar o público alheio ao festival. Nos corredores externos e internos, estarão expostas obras que propõem reflexões sobre temas como pertencimento, diáspora e a dimensão humana perante a magnitude da natureza. O Teatro do Sesc Pompeia será palco do Programa de Filmes, performances e uma seleção de trabalhos do artista norte-americano radicado em Portugal Gabriel Abrantes.
As atividades multidisciplinares do Galpão VB terão início com a exposição Panoramas do Sul/Projetos Comissionados, que reunirá obras inéditas do malinês Abdoulaye Konaté feitas especialmente para o festival. A programação inaugural do novo espaço também inclui laboratórios, programas de processos criativos e ativações permanentes de obras do Acervo Videobrasil. No decorrer do festival, o Galpão VB acolherá trabalhos do colombiano Carlos Monroy, do brasileiro Cristiano Lenhardt, da queniana Keli-Safia Maksud e do taiwanês Ting-Ting Cheng.
No Paço das Artes, será realizada a paralela Quem Nasce Pra Aventura Não Toma Outro Rumo. Com curadoria de Diego Matos, que é coordenador do Arquivo e Pesquisa da Associação Cultural Videobrasil, a mostra reunirá trabalhos produzidos entre 1978 e 2012 por 17 artistas. São obras de brasileiros, como Marcelo Gomes, Karim Aïnouz, Carlos Nader e Cao Guimaraes, e expoentes estrangeiros da videoarte, como o peruano Gabriel Acevedo Velarde, o argelino Malek Bensamil e a chilena Claudia Aravena.
O festival também promoverá programas públicos, como oficinas, um seminário e conversas com curadores, artistas e pesquisadores. Nos três espaços de realização estarão disponíveis a chamada Zona de Reflexão, central multimídia que permitirá acesso às publicações da parceria entre o Videobrasil e o Sesc e conteúdo digital complementar do festival, como o Canal VC e a Videoteca, com mais de 1,5 mil obras do acervo do Videobrasil.
Serviço
19º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil
Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93, Pompeia, São Paulo – SP.
De 6 de outubro a 6 de dezembro.
Sesc Pompeia. Telefone: 3871-7700
sescsp.org.br/pompeia
Marcelo Pinheiro na Revista Brasileiros.
Batizou o novo filho como Sambas de Morro – Inusitado, Peculiar e Sui Generis. “Luizinho 7 Cordas disse que o CD deveria se chamar Fim de Carreira”, gargalha. Define o disco como “estranho, cabalístico e esotérico”. “São sambas que ninguém teria coragem de gravar, só eu.”
No repertório, O Automóvel, O Relógio e A Mulher, “coisas em que a gente não deve depositar muita fé”, apregoa a letra de Mathias, a ecoar um ranço machista que se dilui quando se coloca em perspectiva o autor e sua época, além de se levar em consideração a alta carga de picardia a envolver o personagem.
Em Papo Furado, parceria com José Guimarães, cria o que chama de “embaraço”, uma abreviação das sílabas, quase um trava-língua que canta sem nenhuma dificuldade, enquanto outros tropeçariam feio. “Não me enrolo porque sou o Catedrático do Samba”, esclarece, relembrando o epíteto que Randal Juliano lhe deu no programa Astros do Disco, nos anos 1960. “Quem ouve pensa que eu fumei maconha estragada”, diverte-se.
Em Os Vidrados, outra parceria com Guimarães, o último dos malandros mostra que ninguém é chamado assim à toa. Tem de fazer por merecer. Foram anos de boemia, rios de dinheiro gastos em farras sem pensar no amanhã. Passada a juventude, se arrependeu um pouco, mas só um pouco. Na letra, Mathias (“com H de homem e M de macho”) descreve um casal que se deleita, cada um de uma janela no prédio, antecipando o momento em que estarão juntos. “Tem conotação pornográfica no final. No show eu imito os gestos”, informa, às gargalhadas.
O CD traz ainda Serenata Chinesa, de Braguinha, e Na China, marchinha de Haroldo Lobo e Milton Oliveira. “Estava tudo no meu baú. Muitos desses sambas antigos refletem o que está acontecendo hoje.” É batucada da boa, “o batuque é de samba tradição”, esclarece, para que ninguém ouse confundir com certos pagodes de batida intercalada. “São harmonias bonitas, que crescem no acompanhamento.” Na cozinha azeitada estão bambas como Luizinho 7 Cordas, Allan Abadia (trombone), Rodrigo (cavaquinho e banjo) e percussão comandada por Marcelo Barro, filho de Osvaldinho da Cuíca, que dispensa apresentações.Ana Ferraz em Carta Capital.