O refil ilimitado deixará de existir na França. Pelos menos o de bebidas muito açucaradas, diz o jornal Le Figaro, já que o governo pretende combater a obesidade e o diabetes no país.
A medida foi adotada em abril de 2015, mas entrou em vigor apenas na última sexta-feira (27). O texto afirma que as bebidas com adição de açúcares ou de edulcorantes não devem estar disponíveis de maneira ilimitada, seja gratuitamente, seja a preço fixo.
A regra inclui refrigerantes, isotônicos com adição de açúcar ou de edulcorantes (substância adoçante). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas obesas na França (15,3%) é inferior à média da União Europeia (15,9%), mas não para de crescer. A quantidade de obesos do país é menor que a do Reino Unido (20,1%), mas continua maior do que a da Itália (10,7%). A OMS recomenda taxar as bebidas açucaradas, relacionando-as à obesidade e ao diabetes.
A medida afeta desde as redes de fast-food até as cantinas escolares. O objetivo da lei é “limitar, especialmente entre os jovens, os riscos de obesidade, sobrepeso e diabetes” de acordo com as recomendações da OMS. Quase 57% dos homens franceses com mais de 30 anos estão com sobrepeso ou obesos, de acordo com um relatório publicado em outubro pela revista médica francesa Bulletin Epidemiologique Hebdomadaire.
Já entre as mulheres, 41% na mesma faixa etária também apresentam sobrepeso ou obesidade, segundo o estudo. Em 2014, o governo mexicano passou a taxar em 10% os refrigerantes, o que reduziu o consumo em 6% no primeiro ano. Um projeto para proibir bebidas açucaradas de tamanho “super grande”em Nova York foi barrado por um tribunal em 2013.