Uma das formas de medir o nosso impacto individual é a chamada pegada ecológica, que mede a quantidade de recursos naturais renováveis usados para manter nosso estilo de vida. Sob a ótica coletiva, o cálculo da pegada de uma cidade, de um estado ou de um país ajuda a conscientizar a população e os gestores públicos sobre a necessidade de impactar menos o meio ambiente.
Segundo o Relatório Planeta Vivo, da rede WWF, a pegada ecológica brasileira é de 2,9 hectares globais por habitante. Ou seja, se todas as pessoas do planeta consumissem recursos ambientais como os brasileiros, seria necessário 1,6 planeta. Já a pegada ambiental de um americano típico é ainda maior: 8,6 hectares globais por pessoa.
Na direção certa
É óbvio que o planeta não aguenta mais esse nível de consumo e impacto – um dos sintomas tem sido a frequência de eventos climáticos, como ondas de calor, tempestades devastadoras e longos períodos de seca.
Por isso, mudanças nas políticas públicas e também individuais são urgentes. Um jeito de melhorar a nossa pegada ecológica é evoluir nossa forma de locomoção: afinal, a maior parcela de energia consumida está relacionada ao transporte. Assim, dê preferência ao transporte ativo (bicicleta e pedestrianismo), ao transporte coletivo (trem, metrô e ônibus) e aos modais elétricos. O consumo energético por quilômetro percorrido de quem utiliza ônibus é muito menor do que o da pessoa que usa o carro. E esse consumo cai ainda mais se o transporte for sobre trilhos.
Cada vez que escolhemos substituir o carro pelo ônibus ou pela bicicleta, ou mesmo quando oferecemos carona, estamos nos locomovendo na direção de um futuro sustentável para todos. Aproveite a cidade de São Paulo e tudo o que ela oferece de forma mais equilibrada, saudável e ecológica. Tudo começa nas nossas escolhas de cada dia. E a mobilidade urbana é uma das mais impactantes.
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Conteúdo semanal assinado pelo parceiro Pro Coletivo, o blog especializado em assuntos da multimodalidade.