No desafio da Economia Commodity x Economia Criativa, da revolução digital, da intagibilidade, cidades criativas e inteligentes, inovação como pauta global, do consumidor conectado, de fãs de marcas e causas, novos negócios, novas empresas, novas carreiras, novas profissões estão surgindo na velocidade das novas tecnologias. O capitalismo criativo e intelectual ganha força, pessoas são empoderadas, o Ser está em evidência, a terceira idade revitalizada e consumidora, a diversidade do público LGBT, a mobilidade disruptiva, novas famílias sendo construídas, o papel da educação sendo questionado, estamos no olho do furacão e uma coisa é certa, muitas mudanças virão pela frente.
Cabe nesse cenário de mudanças, abrir a mente para analisar o mercado e identificar oportunidades de negócios de impacto social e/ou de entrega de valor para a sociedade. A Economia Criativa está avaliada em 8 trilhões de dólares e representa de 8 a 10% do PIB mundial.
Propósito e lucro caminharão de mãos dadas no século XXI e a América Latina em desenvolvimento é um prato cheio de oportunidades para os empreendedores e empreendedoras.
Futuro
Cooperativas digitais, redistribuição da renda de redes sociais, micro ajudas para artistas, produtos de desenvolvimento biotecnológico, mercados culturais regionais e respostas criativas a desastres naturais são apenas algumas das inovações que poderiam surgir na próxima década, segundo um novo relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Institute for the Future (IFTF).
O relatório, O futuro da economia laranja: Fórmulas criativas para melhorar vidas na América Latina e Caribe, parte de uma base de cinco motores de mudança em nível global e projeta seu impacto em 10 áreas de inovação nas indústrias criativas e culturais, ou a economia laranja, como é chamada pelo BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento.
As indústrias criativas e culturais, que incluem setores como as artes visuais, a música, a moda, o desenho gráfico e os jogos digitais, geraram em 2015 receitas de US$ 124 bilhões e empregos a mais de 1,9 milhão de pessoas na região.
“O que aconteceria se pudéssemos aproveitar todo o potencial e o talento criativo de nossa gente?”, pergunta Trinidad Zaldivar, chefe da Divisão de Assuntos Culturais, Solidariedade e Criatividade do BID. “Este relatório é um convite a explorar o futuro, não para formular previsões exatas, mas para estimular um diálogo em torno de novas ideias e oportunidades.”
O relatório destaca que, pela adoção de avanços tecnológicos rápidos nas redes sociais, inteligência artificial, crowdfunding e outros modelos de negócios, os líderes criativos e culturais podem ir além do estímulo à criação de empregos e de riqueza, para “construir sociedades em que valha a pena viver – sociedades vibrantes, expressivas e felizes”, disse a diretora executiva do IFTF, Marina Gorbis.
Para ler o estudo completo, visite www.iadb.org/futuro-economia-laranja
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Luís Cláudio SP, é publicitário, idealizador do projeto AL+ que é um contraponto positivo da América Latina por meio da cultura, criatividade, inovação e empreendedorismo latino-americano. Escreve quinzenalmente no São Paulo São.