Elétrico, autônomo e compartilhado

Hoje vivemos num mundo disruptivo, especialmente na mobilidade urbana. Nos últimos anos surgiram diversos aplicativos de carros, outros tantos de transporte coletivo e vários sistemas de aluguel de bicicletas e patinetes nas grandes cidades brasileiras. Tudo isso vem alterando a antiga lógica do transporte motorizado individual, com opções mais econômicas, sustentáveis e saudáveis.

O próprio carro tem sido reinventado. Em alguns países da Europa, nos Estados Unidos e na China, por exemplo, os automóveis elétricos já são uma realidade. A China assinou uma lei que determina que 12% das vendas das montadoras tenham que ser de carros elétricos até 2020. Apenas daqui a um ano. Muitas montadoras estão correndo para suprir essa demanda, como a própria GM, que pretende lançar vinte veículos elétricos até 2023.

A evolução do carro elétrico

Em conversa com o Pro Coletivo, Nelson Silveira, diretor de Comunicação Corporativa e Marca da General Motors Mercosul, explicou os planos da indústria, que lidera a venda de carros na China. “A GM busca a liderança da eletrificação no mundo. Nossa visão de futuro envolve um carro 100% elétrico, autônomo e compartilhado”, afirma.

Ele conta que um dos principais programas da empresa é o Zero Acidentes, Zero Emissões e Zero Congestionamentos, que consiste em zerar acidentes com os carros autônomos, zerar emissões de poluentes com a eletrificação e zerar congestionamentos com os controles que a conectividade irá proporcionar.

Chevrolet Cruze, usado no desenvolvimento e produção de veículos elétricos e autônomos da marca em escala. Foto: General Motors / Divulgação.

O Brasil, no entanto, ainda está distante do cenário do elétrico. Segundo Silveira, o nosso país precisa amadurecer como mercado e contar com uma infraestrutura para recarga, além da legislação e de incentivos do governo. “A adoção do elétrico não envolve apenas o desejo do consumidor, mas o custo acessível, a preparação de todo um mercado e as políticas públicas. Nos Estados Unidos, por exemplo, além do valor menor do veículo e de descontos em pedágios e estacionamentos, há incentivos fiscais”.

Com o Maven, os carros da GM podem ser reservados por meio de um aplicativo para smartphones. Foto: General Motors / Divulgação.

Maven é o programa de compartilhamento de veículos da GM. Foto: General Motors / Divulgação.

Já um sistema de compartilhamento de carros, o Maven, vem sendo testado no Brasil em um projeto piloto com funcionários da GM. Ao contrário do aluguel de veículos, o carro pode ser reservado por aplicativo e por algumas horas apenas. Deve chegar ao público ainda em 2019. Como diz Silveira, tudo isso tem a ver com a transformação de uma indústria que produz e vende carros para uma indústria que oferece soluções de mobilidade pessoal. Mais uma evidência do nosso atual mundo disruptivo.

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Conteúdo semanal assinado pelo parceiro Pro Coletivo, o blog especializado em assuntos da multimodalidade.

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