Exposição na capital paulista recupera início da carreira de Henri Cartier-Bresson

“Henri Cartier-Bresson é um dos mais importantes e influentes fotógrafos do século 20, mas nessa mostra podemos perceber um outro momento dele, o percurso de um jovem fotógrafo durante um período de intensa liberdade e compromisso pelo acaso”, disse o curador da mostra, João Kulcsár.

Nascido em uma família burguesa, dona de uma confecção de tecidos, Cartier-Bresson foi recusado em uma escola de administração, depois de formar-se no colégio. Então, em 1926 passou a ter aulas de pintura com o francês André Lhote, que lhe introduziu a diferentes perspectivas e formas de enquadramento. A quebra dessa rigidez clássica se deu quando aproximou-se do movimento surrealista, de figuras como o alemão Max Ernst, que o instigaram ao registro instintivo do mundo.

Foram nas viagens pelo México, Itália ou Espanha que el pôde amadurecer a técnica fotográfica, numa comunhão das suas bases artísticas: o olhar instintivo, sensibilizado para reconhecer a harmonia das figuras e o movimento decisivo para registrá-las.

Com 24 anos de idade, em 1932, o francês Henri Cartier-Bresson (1908-2004) adquiriu na cidade de Marselha uma câmera Leica, que transformou seu interesse pela fotografia. Nos três anos seguintes, ele ficou conhecido pela criação de uma das mais originais e influentes narrativas visuais da história

De acordo com a curadoria, mesmo que, na época da produção desses trabalhos, Cartier-Bresson ainda não tivesse desenvolvido o conceito que viria a influenciar fotógrafos do mundo todo, já é possível perceber sua preocupação em capturar momentos únicos, sob a óptica da pintura.

“Sempre consternado com muitas questões que pudessem tornar a fotografia de certa forma harmoniosa, ele se empenhava em difundir um senso de geometria ímpar, que o seguiu em suas produções posteriores. Seu trabalho fotográfico exercitou a liberdade e o instinto impulsivo do olhar, presentes, acima de tudo, em seu jeito de pensar, falar, sentir e viver intensamente”, disse Kulcsár.

Alameda do Prado, Marsellha - França, 1932. Cartier-Bresson explicou que estava seguindo o homem quando o mesmo se virou, fazendo a fotografia. Foto: Henri Cartier Bresson / Magnum Photos.

A mostra tem entrada gratuita e fica em cartaz até 25 de junho na Galeria de Fotos do Centro Cultural Fiesp, localizado na Avenida Paulista, 1313.

Serviço

Data: até 25 de junho de 2017.
Local: Galeria de Fotos do Centro Cultural Fiesp, Avenida Paulista, 1313 – Jardins, São Paulo.
Informações: (11) 3146 7439.
www.centroculturalfiesp.com.br

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Com informações de Camila Boehm da Agência Brasil.

 

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