Exposição ‘O Pasquim 50 anos’ resgata o humor e a inteligência do ícone de resistência à ditadura

Charge de Ziraldo em O Pasquim. Imagem: Divulgação.

Em novembro de 1969, em plena ditadura militar, um projeto do cartunista Jaguar e dos jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral virou sensação na imprensa brasileira, especialmente a carioca. O Pasquim tinha o humor como marca registrada, alternado com, ou inserido em reportagens e artigos comportamentais que falavam sobre sexo, drogas e relacionamentos que não deram certo. 

Capas de edições de O Pasquim. Imagem: Divulgação

Com curadoria de Zélio Alves Pinto e Fernando Coelho dos Santos, a mostra O Pasquim 50 Anos marca também o lançamento da página do jornal na plataforma digital da Biblioteca Nacional, onde estarão disponíveis todas as edições do periódico.

Definida como uma exposição “eminentemente gráfica” por Daniela Thomas, a história do semanário ocupa toda a unidade com diferentes formatos.Com isso, é possível conhecer ou relembrar todas as entrevistas realizadas pelo grupo que se autodenominava “a patota”. As reuniões de pauta uniam jornalistas, cartunistas e intelectuais como Millôr Fernandes, Ziraldo, Jaguar, Chico Buarque, Ivan Lessa, Paulo Francis, Vinícius de Moraes, Glauber Rocha, Odete Lara, Henfil e Cacá Diegues, entre outros.

As longas entrevistas publicadas pelo semanário eram realizadas em ambientes festivos, e eram cheias de intromissões dos colaboradores.

Divisão

As reuniões de pauta uniam jornalistas, cartunistas e intelectuais. Foto: Marcos Santos / USP Imagens.A história do semanário ocupa todo o Sesc Ipiranga, dividida pelos espaços da unidade. Na Convivência, por exemplo, acontece a intervenção O Som do Pasquim, que reúne discos de vinil lançados ao longo da história do jornal. Estão lá gravações de Tom Jobim, João Bosco, Caetano Veloso, Fagner, Jorge Ben, entre outros. Também dá para ouvir o LP “Anedotas do Pasquim”, com piadas contadas por Golias e Zé Vasconcelos, humoristas famosos na época.

Personagens do Henfil que o cartunista desenhava nas edições de O Pasquim. Imagem: Divulgação.

Uma linha do tempo expõe todas as capas do Pasquim até a última, de 1991. Há também As Máximas do Pasquim, coletânea de frases publicadas nas edições, como “Pasquim, um jornal a favor do contra”.

Definida como uma exposição “eminentemente gráfica” por Daniela Thomas, cineasta e cenógrafa que assina a expografia junto a Felipe Tassara e Stella Tennenbaum, a história do semanário ocupa toda a unidade com diferentes formatos.

Serviço

Sig, personagem criado por Jaguar na exposição. Foto: Foto: Marcos Santos / USP Imagens.

“O Pasquim 50 anos”
Endereço: Sesc Ipiranga – Rua Bom Pastor, 822 – Ipiranga.
Até 12/4/2020.
Horário: terça à sexta-feira, de 9h às 21h30. Sábados, de 10h às 21h30.
Domingos e feriados, de 10h às 18h30.
Telefone: (11) 3340-2000.
Grátis.

***
Fonte: Sesc Ipiranga. Edição: São Paulo São.

 

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