‘Faz Escuro mas Eu Canto’ de Thiago de Mello inspira a 34ª Bienal de São Paulo

De acordo com os organizadores, a programação vai apresentar as obras de forma encadeada. De fevereiro a agosto, serão apresentadas três exposições individuais, começando pela peruana Ximena Garrido-Lecca que, em sua pesquisa, examina a história do Peru e explora o impacto cultural dos padrões neocoloniais. Na sequência, vêm a brasileira Clara Ianni e a fotógrafa estadunidense Deana Lawson, em abril e julho, respectivamente. 

Clara trata sobre como o capitalismo globalizado afeta o tempo, a história e o espaço. Já Deana é conhecida por se apropriar de fotografias encontradas e misturá-las àquelas que ela mesma registra. Seu trabalho provoca questionamentos sobre temas étnico-raciais.

"Oath" de Deana Lawson. Foto: Divulgação.

Duas das exposições individuais, a de Ximena e a de Clara, serão abertas com ações performáticas de curta duração, de autoria de Neo Muyanga e León Ferrari. A programação conta, ainda, com uma terceira performance, do artista fluminense Hélio Oiticica. Falecido em março de 1980, ele nunca chegou a apresentar a obra, batizada de A Ronda da Morte, que consiste em um ambiente com ares circenses, no qual pessoas dançam e que é cercado por cavalos em movimento.

Hélio Oiticica (1937-1980) tido com um dos artistas mais inovadores do século XX. Foto: Divulgação.

O curador-geral da 34ª Bienal, Jacopo Crivelli Visconti, afirma que Oiticica concebeu a obra após regressar ao Brasil, depois de temporadas em Londres e em Nova York. “Era um pouco a resposta dele quanto ao que estava vendo nas cidades, que eram mudanças políticas de abertura, após o término da ditadura, mas que não alteravam substancialmente as estruturas de poder e as relações muitas vezes violentas”, diz.

"Dios". León Ferrari. Foto: Colección Família Ferrari.

A partir de setembro, as obras que integram as exposições individuais serão reunidas em uma mostra coletiva, que poderá ser visitada pelo público de 5 de setembro a 6 de dezembro, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo. Além da exposição coletiva, os organizadores vão promover mostras paralelas, em parceria com 25 instituições paulistas. 

"Insurgências Botânicas" de Ximena Garrido. Foto: Divulgação.

Visconti acrescenta que a pluralidade de perspectivas, presente nas exposições desta edição, é resultado da curadoria realizada por quatro profissionais, além dele. São eles: Paulo Miyada, Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi e Ruth Estévez. 

Serviço

34ª Bienal de São Paulo – “Faz escuro mas eu canto”.
Pavilhão Ciccillo Matarazzo | Parque Ibirapuera.
Entrada gratuita.

A identidade visual foi desenvolvida pelo artista e designer Vitor Cesar.

Exposições individuais: 
Ximena Garrido-Lecca / Neo Muyanga: 8 de fevereiro a 15 março.
Clara Ianni / León Ferrari: 25 de abril a 8 de junho.
Deana Lawson: 25 de julho a 23 de agosto de 2020.
Exposição coletiva*: de 5 de setembro a 6 de dezembro de 2020.
* com performance de Hélio Oiticica na abertura.

A programação organizada pelas 25 instituições parceiras da Fundação Bienal da São Paulo pode ser conferida no site da instituição.

***
Fonte: Agência Brasil. Edição: São Paulo São.

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