A Taça das Favelas foi criada em 2012 e já passou por 12 capitais diferentes. Organizada pela Central Única das Favelas (CUFA), a competição visa contribuir para a inclusão social através do esporte, promovendo a integração das comunidades e o fortalecimento da auto-estima da juventude das favelas.
Na primeira edição da capital paulista, foram 64 times no masculino e 32 no feminino. Paraisópolis e Complexo da Casa verde fazem a decisão feminina. As meninas do Paraisópolis venceram todos os jogos no tempo normal, enquanto a equipe de Casa Verde passou nos pênaltis apenas na semifinal.
Uma das jogadoras de Paraisópolis, aliás, tem história para contar. Marluce Aureliano é a artilheira do time. Ela superou uma depressão e vê a cada gol uma chance de continuar sua arrancada. “Eu sou uma pessoa melhor. Acredito em mim. Por ter passado por uma depressão, que me fez sentir a pior pessoa do mundo, me fez me sentir fraca.”.
“Se não tivesse pessoas que acreditam em mim, eu não estaria aqui, talvez. Futebol salva vidas, Né? Esporte salva vidas. É só você querer”, completa Marluce.
No masculino a final é entre Favelas do 1010 e Parque Santo Antônio. O 1010, com exceção das quartas de final, venceu todos os seus jogos nos pênaltis e tem isso como seu ponto forte. Já o Parque Santo Antônio alternou vitórias no tempo normal e nas penalidades.
Os dois treinadores revelam a ansiedade dos garotos: “os meninos mal conseguem dormir pensando na possibilidade de jogar nesse templo do futebol que é o Pacaembu”, disse o técnico das Favelas 1010, Luiz Marcos Santos; “os garotos estão muito eufóricos de poder jogar no Pacaembu. Estamos realizando esse trabalho graças ao nosso trabalho e ao da CUFA”, disse Amarildo, treinador do Parque Santo Antônio.
Os portões do estádio abrem às 10h; a bola rola para a decisão feminina 12h, com transmissão do SporTV e do globoesporte.com;
No masculino, o jogo começa às 14h, com transmissão da Globo e do SporTV.
São 40 minutos cada tempo no masculino e 30 no feminino sendo que, em caso de empate, pênaltis, com três cobranças para cada favela.
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Com informações da Cultura 930.