Quando existe o compromisso e a responsabilidade em produzir um texto inédito, não há desculpa. Deve-se revirar a cachola e encontrar as ideias para fazer nascer, no meu caso, a crônica da semana.
Ser escritor é uma atividade como qualquer outra. Escrever exige disciplina, vontade, responsabilidade, transpiração e foco, além de talento para organizar e dar sentido aos pensamentos e as palavras.
O escritor é não apenas o indivíduo capaz de exprimir a sua originalidade, mas alguém desempenhando um papel social, ocupando uma posição relativa ao seu grupo profissional e correspondendo a expectativas dos seus leitores.
No meu caso, esse exercício voluntário, que escolhi desempenhar há mais de 10 anos, com o passar do tempo se transformou em uma das atividades mais prazerosas da minha vida.
Na fase atual das “Outras Impressões da Terça” (que publico aqui), qualifiquei o que vislumbro com esse exercício literário: oferecer, com humildade e apreço, inspirações para a construção de um mundo melhor, principalmente porque seremos cada vez mais nutridos e influenciados pelas redes sociais e pelas comunicações digitais.
Nesse contexto em que as conexões estão cada vez mais presentes, por meio dos nossos talentos individuais e diversos, temos condições de transformar realidades pessoais e coletivas, desde que assumamos os papéis de agentes ativos dispostos a fazer e a participar das mudanças necessárias para a construção de uma sociedade que é complexa e interdependente.
Viver é simples, mas é um processo sistemático e incansável que exige de nós inspiração, humanidade, coragem e muita transpiração. Por aqui, fico. Até a próxima.
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Leno F. Silva é diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. Escreve às terças-feiras no São Paulo São.