Londres quer reduzir poluição usando carros elétricos em entregas

As compras online permitem que as pessoas consigam o que precisam sem ter que sair de casa para buscar, diminuindo o número de deslocamentos necessários. Mas o aumento do volume de entregas também contribui para a emissão de gases poluentes, uma vez que a maioria delas são feitas com o uso de veículos motorizados. Em Londres, a expectativa é de que a frota de vans que realizam esse serviço cresça 20% nos próximos 15 anos.

Com mais carros de entrega circulando, sendo que 60% deles não chegam a carregar um quarto da sua capacidade, o congestionamento causado por esses veículos aumentou 3,4% entre 2008 e 2014.

A capital inglesa, que usou pombos carregando sensores para medir a poluição do ar e abriu os dados para consulta no Twitter, agora está dando incentivos para diminuir o impacto ambiental das entregas. A estimativa é que os poluentes presentes no ar da cidade sejam responsáveis por 10 mil mortes por ano.

Uma das alternativas para que as pessoas possam fazer suas compras sem culpa é a substituição da frota de vans a diesel por veículos elétricos. Outra é mudar a forma de organizar as entregas, de maneira que a empresa não precise enviar os pacotes enquanto as vans ainda estiverem quase vazias e o cliente atenda a porta apenas uma vez para receber todos os seus pedidos de uma vez.

A Gnewt Cargo é uma empresa que faz 20 mil entregas diárias em Londres com seus veículos elétricos, e receberá fundos do departamento de transporte municipal. Ela tem como clientes outras companhias de delivery como TNT Express, Hermes Parcelnet Ltd e DX Group. A sua frota é responsável por carregar os pacotes pelos últimos quilômetros de seu trajeto até o cliente final, sem emissão de poluentes. A intenção da administração local é acelerar a transição do transporte a diesel para o elétrico no setor por meio de incentivos.

Com apenas 100 veículos em sua frota, a Gnewt cargo fez 2,6 milhões de entregas no ano passado. Segundo a Bloomberg, a Hermes Parcelnet reduziu em 67% a quantidade de emissões anuais de dióxido de carbono, resultado da redução do número de viagens após a contratação do serviço.

Outras cidades europeias optaram pelo transporte ativo de encomendas, como a Alemanha, onde todo o serviço postal é feito a bordo de bicicletas amarelas. Em Barcelona, onde as ruas estreitas impossibilitam a circulação de vans, as entregas são feitas em triciclos com motor elétrico auxiliar. Comprar sem sair de casa ainda causa menos impacto que ir até as lojas, mas tem potencial para ser mais sustentável do que é atualmente na maioria das cidades.

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Por: Camila Montagner no Outra Cidade.

 

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