Com pequeno atraso em relação ao prometido pelo secretário Pelissioni, o Metrô de SP acaba de confirmar que as estações da Linha 5-Lilás, que mudarão bastante o fluxo de passageiros na capital, serão entregues nesta sexta-feira, dia 28 de setembro de 2018. Às 10h, apenas para a imprensa, será entregue a estação Hospital São Paulo. Às 10h30, com abertura para a população, será inaugurada a estação Santa Cruz.
As estações funcionarão das 10h às 15h, com cobrança de tarifa. A previsão é que até o fim de outubro elas comecem a funcionar no horário comercial, das 4h40 à meia-noite e aos sábados das 4h40 à 1h.
A Linha 5 – Lilás, em obras desde 1998, deveria ter sido concluída em 2014. Pelissioni atribuiu os atrasos principalmente a construtoras que não cumpriram cronogramas de obra.
Caminhos curtos, menos baldeações, mudanças de itinerários… É o que promete o Metrô de SP após a inauguração das novas estações.
A estação Santa Cruz fará a conexão com a linha 1-azul, que corta a capital de norte a sul. Já a estação Chácara Klabin permitirá ao passageiro da linha 5 fazer a transferência para a linha 2-verde, que acessa a avenida Paulista e liga a zona oeste à Vila Prudente, na zona leste.
O metrô de SP estima que com a linha 5-Lilás finalizada, 244 mil passageiros serão atraídos para o sistema de trilhos da Grande São Paulo.
Outra previsão é que com as novas estações haverá uma diminuição no número de passageiros que usam a linha 9-esmeralda da CPTM, e a linha 4-amarela do metrô, operada pela ViaQuatro. Isso porque elas compõem hoje o trajeto utilizado pelo morador do extremo da zona sul para chegar à região central da capital. Com as novas estações, a linha Lilás permitirá novos e mais curtos caminhos.
A Linha 5-Lilás é operada pelo Consórcio ViaMobilidade desde agosto de 2018. O Consórcio, formado pelas empresas CCR e RUASinvest, venceu o leilão para assumir as operações da linha 5 Lilás de metrô de São Paulo e 17 Ouro de monotrilho, realizado no dia 19 de janeiro de 2018.
O contrato de concessão é de 20 anos e deve render neste período, entre receitas tarifárias e não tarifárias, R$ 10,8 bilhões. A exigência de investimentos é em torno de R$ 3 bilhões, entre trens, equipamentos e modernizações de estações, por exemplo.
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Por Alexandre Pelegi no Diário do Transporte.