Mobilidade: 5 tendências para o mundo pós-pandemia

Segundo ele, há três fatores que aceleram processos que já vinham despontando. São eles as guerras, as revoluções e as pandemias. “E o importante é transformar o tempo de crise em tempo de oportunidade. O mundo conectado e com uma causa comum irá alterar, definitivamente, o nosso valor à vida e para melhor”, diz Karnal.

Confira cinco tendências mundiais que podem melhorar a mobilidade depois do coronavírus:

Foto: Intertraffic.

1. Devido ao home office e o teletrabalho, implantados mundialmente durante o isolamento, a mobilidade urbana estará bem mais fluida e prazerosa. Afinal, boa parte das pessoas não precisará sair nos horários de pico. A tendência é que elas, ao se mover, também procurem modais saudáveis e sustentáveis, como a bicicleta e o pedestrianismo.

2. Serão valorizadas as moradias nas regiões centrais, perto de eixos de transporte coletivo e próximas de serviços que podem ser acessados a pé. Cidades europeias já têm isso como regra há décadas: as moradias têm metragens menores, mas estão perto de escolas e serviços básicos.

Foto: Intelligent Transport.

3. A coletividade e a empatia são palavras-chave nesse momento de pandemia. E são esses valores que devem nortear os próximos passos da sociedade, segundo refletem historiadores e especialistas. O individualismo será criticado, e haverá um grande incentivo ao desenvolvimento do transporte coletivo, seja ele o metrô, o trem ou o ônibus.

4. No mundo todo as pessoas têm reparado como o céu está limpo e o ar fresco e respirável. Elas se sentirão mais responsáveis pelos impactos no planeta. SUVs e carrões, levando apenas  uma pessoa, estarão em baixa. Caem ainda mais a ostentação e o status na mobilidade e sobem a bicicleta, a caminhada e o uso do transporte coletivo (com uso de máscara).

O centro de Vancouver, visto aqui em março de 2020, viu seu tráfego desaparecer, assim como nas principais cidades do mundo. Foto: Jonathan Hayward.

5. Haverá uma busca maior por espaços abertos, como parques, jardins e praças, evitando aglomerações e lugares fechados. Essa tendência irá impulsionar uma transformação  urbanística, tornando as metrópoles mais agradáveis, com ruas fechadas para carros, calçadas largas, mais verde e ciclovias. É o conceito de “Cidades para pessoas”, difundido pelo urbanista  dinamarquês Jan Ghel, que há anos constrói cidades mais humanas, cicláveis e felizes. 

Leia também: 

***

Artigo assinado pelo Pro Coletivo, blog parceiro de conteúdo, especializado em assuntos da multimodalidade. 

 

Tags

Compartilhe:

Share on facebook
Share on twitter
Share on pinterest
Share on linkedin
Share on email
No data was found

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Categorias

Cadastre-se e receba nossa newsletter com notícias sobre o mundo das cidades e as cidades do mundo.

O São Paulo São é uma plataforma multimídia dedicada a promover a conexão dos moradores de São Paulo com a cidade, e estimular o envolvimento e a ação dos cidadãos com as questões urbanas que impactam o dia a dia de todos.