Na ‘Futurecom‘, a ‘Internet das coisas‘ vira alternativa para futuro

Antes considerado algo muito distante pelas empresas de telefonia, o segmento se mostra agora como uma grande oportunidade para as operadoras nos próximos anos, já que pode ajudar essas empresas a ganhar mais dinheiro com suas redes de banda larga.

A tecnologia, que representa uma das principais tendências para os próximos anos, é mais simples do que parece. Ela vai permitir que todos os objetos possam transmitir informações via internet, sejam grandes máquinas industriais, carros, eletrodomésticos ou até mesmo peças de roupas. Durante a feira, algumas potenciais aplicações foram mostradas pelas fabricantes de equipamentos.

A PromonLogicalis, por exemplo, apresentou um sistema de etiquetas conectadas à internet, que são fixadas em peças de roupa. Ao passar a etiqueta em um sensor, todas as informações sobre a peça de vestuário eram exibidas em um monitor, como preço, cor e exemplos de outras roupas para combinar.

Na área de agricultura também há diversas aplicações. Um sensor mostrado durante a feira pode monitorar a quantidade de água no solo, condições climáticas e até avaliar a qualidade de verduras e legumes. “A internet das coisas pode revolucionar todos os segmentos”, afirma Lucas Pinz, diretor de tecnologia da PromonLogicalis. “Com essa tecnologia, poderemos expandir o número de conexões pelo País.”

Oportunidade.

A quantidade de aplicações possíveis que a internet das coisas vai permitir é o que faz os olhos dos executivos de operadoras brilharem. Afinal, com tantos dispositivos conectados ao mesmo tempo, a quantidade de dados que passará pelas redes das aumentará exponencialmente, o que deve alavancar a receita.

“Nós já perdemos a onda do streaming de vídeos há alguns anos”, admitiu o diretor de investimento e desenvolvimento de soluções de redes e sistemas da Oi, André Ituassu. “Agora, nós precisamos nos transformar internamente para monetizar essas novas tecnologias e não perder a onda de internet das coisas.”

Desafios. Entretanto, as operadoras ainda devem enfrentar muitos entraves antes de surfar de vez a onda da internet das coisas. O primeiro desafio é tornar as redes capazes de receber tamanho fluxo de dados. O mais difícil ainda será fazer isso a um preço acessível para os consumidores.

“O mundo deverá ter mais de 50 bilhões de dispositivos conectados nos próximos anos”, disse o vice-presidente da companhia de software e redes Coriant, Tarcísio Ribeiro. “As redes ainda não estão preparadas. As operadoras precisam mudar de mentalidade para se adaptarem ao que será exigido.”

Outro aspecto preocupa: a segurança. É preciso garantir a confiabilidade da rede para que as pessoas sintam segurança em transmitir dados para a rede a partir de sua casa, carro e até de um marca-passo.

“É preciso ter uma preocupação real com a segurança da internet das coisas”, afirma o presidente executivo da Omnilink, Michel Levy. “Não adianta focar na infraestrutura de rede e esquecermos o conforto do consumidor. Ele tem que ser o personagem central da revolução.”

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As informações são da Agência Estado.

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