“A gente conseguiu, com a oportunidade de mercado que ninguém estava olhando, esse serviço como algo diferenciado para a mulher. A gente uniu essas duas coisas e criou o aplicativo, para trazer essa experiência diferente para mulheres”, diz Diego.

O aplicativo é novo e começou a funcionar em janeiro deste ano em São Paulo. Foram meses de pesquisa de mercado e um investimento de R$ 480 mil. “Não só a questão da segurança, mas a gente conseguiu trazer também uma experiência no uso do serviço diferente. Então exemplos como o gel, a lixa de unha, e não só esses como o que está por vir… A gente vai ainda mais melhorar o serviço para tornar essa experiência ainda melhor”, acrescenta o empresário.

Assim como os rapazes criaram o aplicativo pensando nas mulheres, a Gabriela Correa e as sócias tiveram a mesma ideia porque uma delas, a Gabriela, sentiu na pele o assédio durante uma corrida de táxi.

“Sofri um constrangimento dentro de um táxi chamado pelo aplicativo. Fiquei com medo de denunciá-lo porque ele foi me buscar em casa, enfim. Aí comecei a buscar aplicativos que tivessem motoristas mulheres, mas até então não existia. Então eu decidi criar um para poder atender não só a mim, mas diversas mulheres que já passaram pela mesma situação.”

O aplicativo só para mulheres, criado por essas empresárias, demorou um ano para ser desenvolvido. Recebeu investimento-anjo, num total de um R$ 1 milhão, e começou a funcionar em São Paulo no dia 8 de março, no Dia Internacional da Mulher.

“90% dos motoristas são do sexo masculino, apenas 10% são do sexo feminino, então nós criamos justamente para fazer essa igualdade do gênero, conseguir aumentar o número de motoristas mulheres. Elas estão super felizes e se identificando muito com o aplicativo.”

Agora, mais de 10 mil mulheres já fizeram download do app criado pela Gabriela Correa. Em julho, o serviço deve começar a funcionar também no Rio de Janeiro.  A empresária também pretende levar o serviço para outros países da América Latina, como Equador, Chile e  Peru. Também já tem planos para Portugal.

“As mulheres ficam super felizes quando a gente chega. É um alívio, é uma alegria muito grande quando você vê que a motorista é mulher. Todas elas dizem isso”, diz a motorista Mirela Juns.

Taxistas também atendem crianças desacompanhadas

Charles Henry-Calfat é um empreendedor francês que mora no Brasil e teve a ideia de criar um serviço de táxis exclusivos para mulheres com aplicativo.

“Algumas amigas minhas me falavam que alguns motoristas tinham um comportamento não muito profissional, até inadequado, por exemplo, pediam número de telefone das passageiras. Olhava no espelho, para as pernas delas. Eu ouvi isso várias vezes. E depois, eu falei paras minhas amigas: imagina se a gente fizesse um aplicativo para conectar taxistas mulheres com clientes mulheres? Elas gostaram muito da ideia”, conta Charles.

O empresário, de 27 anos, investiu R$ 400 mil no desenvolvimento do aplicativo. As taxistas também atendem crianças desacompanhadas. E os pais podem monitorar tudo o que está acontecendo dentro do carro, ao vivo, com um serviço de “live streaming”, numa rede social, via um link. O aplicativo do Charles começou a funcionar há oito meses em São Paulo. Também já está funcionando em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro.

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Fonte: Pequenas Empresas, Grandes Negócios.