Nova York reserva playgrounds públicos que são bom passeio para pais e filhos

São cerca de mil playgrounds gratuitos, com tobogãs gigantes, pirâmides para escalar e banhos de jatos d’água para os dias quentes, entre outras diversões.

Além de distrair as crianças, brincar em um parquinho na cidade onde se passa férias dá uma sensação boa de fazer parte do lugar.

Em Manhattan, muitos dos playgrounds estão no Central Park: são 21. Eles ficam sempre perto das entradas do parque, o que facilita o acesso. Em muitos deles, quase não há turistas, mas sim passarinhos e esquilos, atração a mais.

Uma das estruturas mais novas é a do Adventure Playground, que foi reformado no ano passado. Fica na entrada da 67th street, no lado oeste do Central Park (Upper West Side). Os brinquedos, nada convencionais, foram construídos de madeira e pedra. Torres, labirintos e casinhas ampliam bastante a possibilidade de brincadeiras.

No lado leste do parque (Upper East Side), na entrada da 85th street, está o Ancient Playground, também reformado recentemente. Os brinquedos foram inspirados na coleção de arte egípcia do museu Metropolitan, a poucos passos de lá. As crianças brincam entre colunas e escalam pirâmides, ligadas por pontes e túneis.

Nos dois, onde não há areia, o piso tem aparência de pedrinhas, mas é de borracha, atenuando eventuais quedas. Os playgrounds são cercados, com portão difícil de abrir pelos pequenos.

“Eu achava que Nova York não era para crianças, mas me surpreendi”, disse a empresária catarinense Gabriela Gomes Martini, que em setembro passou uma semana na cidade e resolveu conhecer os parquinhos por causa da filha Olivia, de um ano e dez meses. “A estrutura é incomparável com o que temos no Brasil. Tem mais segurança e, em quase todos, há opção de brinquedos com água.”

Outro playground inovador está no Brooklyn Bridge Park, que, para os pais, é um passeio ótimo, por ter uma das mais estonteantes vistas de Manhattan. A área verde fica na beira do East River, com campos de futebol e espaços para piquenique.

O projeto dos parquinhos na área, inaugurados em 2012, teve a consultoria de um grupo da Universidade da Carolina do Norte, que cria espaços para estimular o desenvolvimento infantil por meio do contato com a natureza.

Embrenhadas na vegetação, as crianças descobrem estações de brinquedos temáticas. No vale dos balanços, há cadeirinhas tradicionais e cordas inspiradas em cipós para imitar o Tarzan. Numa outra área, há uma seção com escorregadores que chegam a ter a altura de um prédio de dois andares.

Há ainda os playgrounds com atrações baixinhas, para bebês de um e dois anos.

No verão, um lago artificial raso, com moinhos de água, pode ser aproveitado por crianças de todas as idades.

Ao sul de Manhattan, na beira do rio Hudson, estão os parquinhos do North Cove Yacht Harbor. É uma marina, com bela vista de Nova Jersey, onde fica o novo shopping Brooksfield Place. O centro tem lojas de luxo e o mercado-praça de alimentação francês Le District. Diversão garantida para pais também.

No parquinho do lado de fora, há redes que parecem camas elásticas e pontes penduradas por correntes.

A 600 metros dali fica o playground do West Thames Park, quase aos pés do One World, prédio construído ao lado de onde estavam as torres gêmeas. A região foi toda revitalizada após ter sido destruída e esvaziada com os atentados ao World Trade Center. São trepa-trepas que lembram planetas presos por fios de aço, espaços com água e um gira-gira que parece mais uma nave espacial.

Carrinho de bebê

Passear pelas ruas de Nova York com crianças requer boa dose de paciência. Ir aos lugares a pé é fácil, desde que você tenha um bom carrinho. Mas, se o trajeto é longo, aí aparece a contradição. A geringonça é um entrave na hora de usar metrô.

São pouquíssimas as estações com elevadores. É preciso carregar o equipamento pelas escadas. Se a criança já é maior –e, portanto, pesada– acaba tendo que sair do carrinho. E você se divide entre carregar o trambolho e ficar de olho no filho nas escadas lotadas. A presença de dois adultos se torna essencial.

Como o carrinho não passa na catraca, alguém de dentro precisa liberar a porta de emergência (ela não abre por fora). E não há funcionário para ajudar. De novo: melhor estar em dois.

Os ônibus são boa opção, já que têm só um degrau baixo –alguns motoristas pedem para fechar o carrinho ao entrar. Paga-se com o mesmo tíquete do metrô. Mas é preciso conhecer bem o sistema, porque há linhas que não param em todos os pontos.

Acesse o infográfico da localização dos Parquinhos em NYC

  • Brooklyn Bridge Park: Tem escorregadores altos, cordas que imitam cipós, lago e estações só para bebês. Furman street, 334.
  • Adventure Playground: Fica no Central Park e tem labirintos, estruturas para escalar e casinhas. Entrada pela 67th street, no lado oeste do parque.
  • Ancient Playground: Também dentro do Central Park, conta com pontes, túneis e colunas inspiradas na coleção egípcia do Metropolitan. Entrada da 85th street, no lado leste.
  • West Thames Park: Trepa-trepa e gira-gira com referências espaciais e jatos d’água. West street, entre as ruas Albany e West Thames.
  • Nelson A. Rockefeller Playground: Estrutura com camas elásticas, pontes e brinquedos para escalar. Vesey street, 230, dentro do North Cove Harbor.
  • Hudson Park: Tem vários parquinhos, mas o do Píer 51 é o melhor. Entre as atrações estão barras para se pendurar e escalar e imitações de barco e referências marinhas. Fica na Hudson River Greenway.
  • Washington Square: Tem uma estrutura feita com cordas que lembra uma aranha, para escalar e se pendurar. Na 4th street com a Macdougal street.
  • Union Square: Tem um domo gigante para escalar e vários tipos de balanços. Park Avenue, na altura da 16th street.
  • Billy Johnson Playground: Outra opção dentro do Central Park. Pequeno, mas com um grande tobogã e jatos d’água. Entrada pela 67th street, no lado leste.
  • Heckscher Playground: Maior e mais antigo do Central Park, oferece espaço para jogar bola e brinquedos com água. Fica no parque, entre a 61st e a 63rd street.
***
Por Renata Cafardo no Caderno Turismo da Folha de S.Paulo.

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