No sábado enfrentei a mudança do tempo ao me dirigir ao Centro Cultural São Paulo para a leitura quinzenal de livros na Biblioteca Louis Braille para cegos. Estou no começo de “Pelos olhos de Maisie”, de Henry James, uma obra que discute a relação familiar em que, por decisão judicial, a filha menor terá que conviver dividida entre o pai e a mãe, separados, e seis meses com cada um. Pela introdução o romance revelará emoções fortes.
Depois do almoço fui ao Auditório da Paz da Associação Brasil Soka Gakkai, palco de um encontro maravilhoso, que reuniu o cantor e compositor Luis Vagner, praticante do Budismo Nichiren Daishonin, e o maestro e pianista Amaral Vieira, simpatizante e muito identificado com a visão humanística dessa filosofia.
Organizado pelo Depart – Departamento de Artistas da BSGI de São Paulo, o evento “A Música Humanista do Budismo Soka – O Bailar da Lei Maravilhosa”, foi emocionante e me fez sair de lá com a alma e o coração ainda mais vibrantes e fortalecidos para enfrentar os ritmos vida.
O domingo, depois de uma caminhada curta pelo Minhocão em companhia de uma fina garoa, o frescor me convidou para ficar em casa.
Misturei trabalho e TV. Assisti um trecho da derrota do Corinthians para a Ferroviária de Araraquara, e me deparei, no canal HBO, com “Papa”, que narra o período pré-revolução, no qual o escritor Ernest Hemingway viveu em Cuba com os seus fantasmas.
Foi uma ótima opção de lazer doméstico, numa típica atmosfera outonal, que ofereceu uma temperatura adequada para o sono noturno providencial, principalmente quando na segunda-feira pulei da cama às 6 da manhã, sem ouvir o galo cantar. Por aqui, fico. Até a próxima.
***
Leno F. Silva é diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. Escreve às terças-feiras no São Paulo São.