O que você faria para ver Beyoncé?

Com essa sacada simples e olhares distintos, nasceu “Waiting for B.”, um filme revelador e envolvente, porque ilumina as vidas de meninos e de meninas apaixonados pela cantora Pop norte-americana, e que sem abandonar os seus afazeres do cotidiano, se organizaram para a realização dos seus sonhos.

Mais do que acompanhar a rotina dos fãs na calçada do estádio do Morumbi, a casa do São Paulo Futebol Clube, a dupla de cineastas mergulhou e deu espaço para que a narrativa de cada um viesse à tona com naturalidade.

Sensíveis, engraçados, organizados, inteligentes, apaixonados, determinados, conscientes e tantas outras características são apresentadas de forma genuína, por meio de narrativas sinceras, lúcidas, as quais expressam as verdades e os jeitos de cada personagem.

Unidos por um objetivo comum, as vivências durante o período de espera possibilitou a criação de vínculos de amizade e permitiu a construção de cumplicidades entre aquela trupe de fanáticos, as quais foram bem captadas pelas lentes dos diretores.

Em cartaz nos cinemas desde 2 de março, o documentário que deu vazão às histórias reais de 150 jovens que, sem dinheiro para adquirir os ingressos VIP, batalharam para conquistar os melhores lugares na apresentação da Queen Bey em solo paulistano, estreou no Brasil tendo já percorrido uma premiada trajetória internacional.

Não obstante à grandeza do espetáculo, nesta fita o mais bacana e genuíno aconteceu antes dos portões se abrirem para o show. Por isso, não perca “Waiting for B.”, gostando ou não da Beyoncé. Até a próxima.

 

Cena do documentário brasileiro ‘Waiting for B.‘ que deu origem ao cartaz. Imagem: Vitrine Filmes / Divulgação.

 

Cena do documentário brasileiro ‘Waiting for B.‘ Imagem: Vitrine Filmes / Divulgação.

Serviço

Nome: Waiting for B.
Direção: Paulo Cesar Toledo e Abigail Spindel.
Gênero: documentário.
Origem: Brasil.
Duração: 72 min.
Classificação: livre.
Ano: 2016.
Sinopse: Esse documentário observacional acompanha a jornada de super-fãs de Beyoncé que, sem condições de pagar pelos ingressos mais caros, acamparam por dois meses para garantir seus lugares na primeira fila. Convivendo com essa comunidade improvisada, vêm à tona assuntos importantes, como classe econômica, identidade negra, homofobia, feminismo e o que significa este sacrifício em prol de um fenômeno midiático muito maior e mais poderoso que eles próprios.​

***

Leno F. Silva é diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. Escreve às terças-feiras no São Paulo São.

 

 

Tags

Compartilhe:

Share on facebook
Share on twitter
Share on pinterest
Share on linkedin
Share on email
No data was found

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Categorias

Cadastre-se e receba nossa newsletter com notícias sobre o mundo das cidades e as cidades do mundo.

O São Paulo São é uma plataforma multimídia dedicada a promover a conexão dos moradores de São Paulo com a cidade, e estimular o envolvimento e a ação dos cidadãos com as questões urbanas que impactam o dia a dia de todos.