Observatório vai estudar impacto da mobilidade urbana na saúde e meio ambiente

As secretarias municipais de Saúde e Transportes assinam portaria que institui um observatório para monitorar os acidentes de trânsito e os impactos da mobilidade urbana no meio ambiente e na saúde pública. “Vamos mostrar que as ações de mobilidade urbana impactam na saúde das pessoas. Tivemos dados claros que mostraram a redução de acidentes decorrente de controle de velocidade em algumas vias na cidade. As medidas de intervenção urbana têm impactos positivos na redução de mortes, acidentes e da poluição sobre a saúde das pessoas. O observatório vai medir essas intervenções e alimentar novas ações”, explica o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha.

Segundo o coordenador do Observatório, Gerson Luís Bittencourt, a primeira missão será a uniformização dos bancos de dados disponíveis em órgãos governamentais das três esferas. Outra atribuição importante é a produção de indicadores que possam ser comparáveis nacional, internacionalmente e com o que está sendo preconizado pela ONU, que é a diminuição dos acidentes. Depois, a partir do diagnóstico, propor políticas públicas e ações que possam resultar na redução dos indicadores de acidentes, da poluição do meio ambiente e consequências na saúde pública.

Acidentes de trânsito

Por último, o Observatório visa dimensionar o impacto das políticas públicas de mobilidade urbana na cidade de São Paulo na saúde pública. Quanto mais acidentes de trânsito, mais custos para o SUS. Em 2012, 11 mil pessoas foram internadas em hospitais públicos do Município de São Paulo em decorrência de acidentes de trânsito. Em 2014, foram 9.575. 

De acordo com a Coordenação de Epidemiologia e Informação (CEInfo) da Secretaria Municipal da Saúde, em 2014, as autorizações de internação hospitalar custaram ao Município R$ 16,2 milhões – R$ 1.695,07 por paciente. Cada um permaneceu, em média, seis dias internado.

O país vive uma epidemia com os impactos dos acidentes de trânsito. São quase 50 mil mortes ao ano. “Na cidade de São Paulo, a marca desta gestão é a construção de políticas públicas que levem em consideração a preferência pela vida. A partir desta percepção, a cidade recebeu um conjunto de intervenções na área de mobilidade urbana que têm impacto direto na vida das pessoas. Já temos dados que apontam a redução de acidentes de trânsito e mortes”, afirma Gerson.

Em relação à questão ambiental, o Observatório quer estimar o quanto as alternativas relacionadas ao transporte público vão melhorar a vida das pessoas. “Estamos vivendo uma época em que o meio ambiente está extremamente poluído, com níveis altíssimos”, ressalta Gerson. Segundo a pesquisa sobre Mobilidade Urbana lançada no dia 22/9 pela Rede Nossa São Paulo e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, 62% dos entrevistados declararam que ele ou alguém da família já sofreu doenças respiratórias advindas da poluição.

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde.

 

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