Parque Chácara do Jockey abre neste sábado e terá o maior ‘Skatepark’ da cidade

 
Os paulistanos ganharão a partir deste sábado (30) um novo espaço público de lazer e diversão localizado na zona oeste da capital paulista: o Parque Municipal Chácara do Jockey. O equipamento público, além de todas as atrações que um parque costuma ter, trará como um de seus principais destaques um skatepark. Com 1.365 m² de área, o circuito de pistas será o maior da cidade de São Paulo e considerado um dos três maiores de uso livre no Brasil.
 
Destinado não só aos atletas de skate, mas também de bike BMX e patins street, o complexo está dividido em duas modalidades. A área de Street, pista com obstáculos como corrimões, paredes inclinadas e escadarias, possui 965m². Já a Bowl, pista em formato de piscina no modelo quadribanks, conta com uma área de 400m². A utilização do skatepark será livre, respeitando as notmas e procedimentos de segurança informados no local, tais como uso de capacete e supervisão de menores.
 

Chácara do Jockey / Skate Park. Cesar Ogata/SECOM.
 
De acordo com coordenador de esportes radicais da Coordenadoria de Gestão das Políticas e Programas de Esporte e Lazer, da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação (SEME), Carlos Pretto, o skatepark beneficiará mais de 500 mil praticantes dessas modalidades na cidade de São Paulo e se soma a outros espaços, como o Centro de Esportes Radicais, no Bom Retiro, aberto no fim do mês passado. O circuito no Parque Municipal Chácara do Jockey está pronto para receber grandes competições, inclusive torneios internacionais.
 
“São Paulo sempre esteve no foco do skate no Brasil por seus atletas, mas ficamos desatualizados por muito tempo em estrutura, o que está sendo revertido nos últimos anos. Essa pista não deixa desejar em nada às melhores pistas que tem lá fora. É o que de mais moderno existe no mundo, e o que tem de melhor no exterior, temos aqui. O Brasil é um polo do skate. Temos os campeões em todas as modalidades, e o país é um celeiro, que precisa dessas pistas de qualidade. São Paulo é a capital de tudo e vai voltar a ser a capital dos esportes urbanos no Brasil”, afirmou Pretto. Ele afirmou que outras pistas importantes foram construídas ou estão em andamento na atual gestão, como no Centro Esportivo Ermelino Matarazzo, inaugurada em março deste ano, e outras duas na região da Mooca e Brasilândia, que estão em andamento. 
 

Chácara do Jockey / Skate Park. 
Cesar Ogata / SECOM.
 
Na tarde desta quarta-feira (27), mais de 30 atletas profissionais realizaram um teste das pistas e participaram de uma roda de conversa com Pretto e o gestor do espaço, Leandro Bondar, para falar sobre sua expectativas. “Quando comecei a andar, era em uma pista embaixo de uma viaduto na Saúde, e depois tive que começar a ir para Mogi, Guaratinguetá e São Bernardo, porque lá é que tinham os bowls grandes. São Paulo não tinha, por isso achei essa pista perfeita. Não tem nenhum erro, dá para fazer o que quiser, porque ela tem todas as alturas e vai dar para treinar bastante”, afirmou a campeã do Circuito Brasileiro de Bowl e vencedora do Vans Girls Combi Pool Classic, na Califórnia, Dora Varella, de 14 anos.
 
Apesar de menor que a pista do Parque da Juventude Città di Maróstica, em São Bernardo do Campo, que é o maior da América Latina com 5,5 mil m², e o Skatepark de Madureira, no Rio de Janeiro, com 3,850 mil m², o espaço na zona oeste de São Paulo, por ter um desenho mais moderno e ser mais novo, poderá inclusive receber competições de nível internacional das modalidades.
 
“Essa pista dá para comparar com as que vi nos Estados Unidos, com certeza, e lembra muito uma que andei em Sheldon [EUA]. No Brasil, não existem tantas pistas boas como essa. Tem Madureira, mas com certeza essa é uma das melhores do Brasil e vai influenciar muita gente a começar no esporte”, afirmou a bicampeã mundial de skate street e campeã do X-Games, Pamela Rosa. 
 
“Ando bastante de skate em São Bernardo do Campo, que é uma pista grande com área de street e vertical, mas o chão já está mais deteriorado, porque ela é mais antiga, então, essa aqui, para mim, está melhor”, disse Fabio Sleiman , campeão da etapa LG de Berlim, primeiro colocado em Rimini, na Itália, e único brasileiro a descer o corrimão de El Toro, na Califórnia.Todo o traçado das pistas foi projetado em parceria com a Federação Paulista de Skate. Segundo as observações dos experientes competidores, o espaço atende as expectativas e necessidades dos atletas de todas as modalidades.“
 

Chácara do Jockey / Skate Park. 
Cesar Ogata / SECOM.
 
Depois de 20 anos patinando em São Paulo e nos interiores, em termos de qualidade foi a melhor [pista] que já andei. São Bernardo continua sendo a melhor do Brasil por conta do tamanho, variedade de obstáculos, mas já é um modelo que tem alguns anos. Aqui é uma pista mais moderna, atual e esse modelo do street plaza é perfeito. Aqui o chão é muito liso e há um cuidado com os detalhes, como a variação de cano quadrado para cano redondo, o que para a gente do patins é muito importante. A gente sentia muita falta de uma pista desse porte em São Paulo”, disse o patinador Fábio Mad, 30 anos, que obteve dois vice-campeonatos em etapas do NISS, em Belém e no Recife.
 
Apesar de ser uma pista que atende aos profissionais, o espaço pode receber atletas iniciantes e experientes, jovens ou até idosos, por conta da variedade de desafios e obstáculos. “Aqui, além de ter a parte funda da pista, há uma parte menor que dá para todo mundo andar. Então dá para começar aqui, sendo mais velho ou mais novo”, disse o garoto Vitinho Ikeda, 10 anos, que anda de skate desde os 5 anos e já é campeão brasileiro mirim de Bowl e iniciante de Half.
 
“Esse tipo de investimento não vai só agregar ao esporte, mas também a molecada que vai sair do caminho ruim para algo melhor. Onde morava, em Ferraz de Vasconcelos, muita gente foi para o caminho ruim, enquanto outros conheceram o BMX ou skate e estão em outra vida. O esporte é muito bom”, afirmou o atleta de BMX André Jesus, 26 anos, campeão do Dream Ramp disputado em novembro passado, em Taubaté.
 
“Muitas crianças têm o sonho de ser jogador de futebol, porque o esporte é divulgado e tem espaço para pratica-lo, por isso é importante ter essa pista, porque mais pessoas, mais crianças irão assistir, se interessar e irão entender que há outros esportes também importantes”, disse a patinadora Fran Felix, campeão brasileira de 2008, 2009, 2010 e 2011 do circuito da Confederação Brasileira de Esportes Radicais (CBER).

Histórico

 
 
Os moradores da região lutavam pela criação de um parque há mais de 30 anos. Em negociação feita pela atual gestão, a Prefeitura obteve a posse da Chácara do Jockey sem pagar indenização pela desapropriação do imóvel, abatendo a dívida de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) do Jockey Club com o município. Após obter a posse, a Prefeitura iniciou diálogos com a população e, em acordo com a comunidade, iniciou as adaptações no terreno de 143,5 mil metros.
 
Além dos campos de futebol, skatepark, quadra poliesportiva, playground e áreas de convivência, o Parque Municipal Chácara do Jockey contará com 150 luminárias LED, garantindo maior luminosidade e mais economia de energia elétrica, ampliando a sustentabilidade do equipamento. As calçadas do entorno foram requalificadas com piso tátil para deficientes alargadas em alguns trechos. O parque ganhou ainda um Centro de Educação Infantil (CEI) e uma Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI). Os muros que cercavam a antiga chácara também foram derrubados e trocados por grades, caracterizando a área como um parque municipal, como determina a lei. Em uma segunda etapa, será entregue um polo cultural. 

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Fonte: Secretaria Executiva de Comunicação / Portal da Prefeitura.
 

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