“Os bike parks surgem no momento em que o brasileiro está descobrindo a bicicleta”, afirma Gilson Alvaristo, diretor da Federação Paulista de Ciclismo.
Para Daniel Aliperti, 48, praticante de ciclismo há 30 anos, os bike parks ganham espaço devido à falta de segurança na cidade –onde, ele conta, muitos colegas tiveram a bicicleta roubada.
“Ter um lugar seguro e especialmente projetado para a gente se divertir, sem se perder no meio do mato e sem depender de ninguém, é muito bom”, afirma.
No último fim de semana, ele usou e aprovou a pista do parque de Campos do Jordão. “A gente tem uma sensação diferente, que na natureza é difícil de encontrar.”
Em Campinas, a trilha de mountain bike no Parque Monsenhor José Salim foi inaugurada em junho. São 10 km, com percursos para iniciantes e avançados. Um diferencial são os jardins, com projeto urbanístico do arquiteto Roberto Burle Marx.
“É muito legal [andar na trilha]. Ter um espaço desse na cidade é muito prazeroso”, afirma o engenheiro de alimentos Pablo Mera, 46. Ele diz que pretende voltar mais vezes com a mulher e o filho.
Ciclistas faz trilha em bicicleta em Parque de Campos do Jordão. Foto: Fabio Braga / Folhapress.
Pioneiros
O mais antigo bike park do Estado é Cemucam, em Cotia. A trilha, de 7,6 km, foi demarcada em 1995 e passou por adaptações no ano passado.
“É um parque surpreendente. A trilha é muito boa e o lugar é muito gostoso. Como tem bastante árvore, é ideal para treinar e se divertir no verão”, conta Aliperti. Já a trilha de 14 km no Parque Estadual do Juquery, em Franco da Rocha, foi inaugurada no final de 2014. É o único parque estadual que oferece a atração.
O caminho é autoguiado e aproveita aceiros (áreas abertas na vegetação) do parque, que tem 2.000 hectares e é considerado o último remanescente de cerrado na região.