Por dentro do transporte a pé

Por Chantal Brissac.

As cidades ainda apresentam muitas ciladas e obstáculos que reduzem a acessibilidade. Foto: Getty Images.

No Brasil, 36% de pessoas se deslocam apenas a pé. Em São Paulo, durante a pandemia, cresceu o número de caminhantes diários. De acordo com pesquisa da Rede Nossa São Paulo, o hábito de andar com frequência envolveu 57% das pessoas em 2021 – em 2020, esse número era de 41%.

As dicas a seguir são da Corrida Amiga (corridaamiga.org), organização que, desde 2014, promove o transporte a pé para transformar o cotidiano das pessoas a partir da perspectiva da mobilidade ativa, combatendo o sedentarismo, promovendo saúde e qualidade de vida e otimizando o tempo. Apesar de sermos naturalmente pedestres, as cidades ainda apresentam muitas ciladas e obstáculos que reduzem a acessibilidade. Portanto, vale conferir antes de se deslocar:

  • Se suas roupas e tênis estão adequados e confortáveis. Os trajes devem ser leves e arejados, e a mochila precisa ser pequena e impermeável, onde se carrega apenas o mínimo necessário, como garrafa de água, documentos e um lanche leve.
  • Planeje e estude bem as alternativas de rotas antes de sair de casa. Algumas plataformas e aplicativos são úteis no monitoramento do seu trajeto e controle de suas rotas (Strava, Runtastic, Google Maps).
  • Identifique pontos de referência em seu trajeto (padarias, postos de gasolina, hospitais, metrô ou terminais de ônibus). Esses locais servirão de suporte às suas necessidades.
  • A escolha do trajeto deverá levar em conta critérios como presença de comércio e de pessoas (que dão mais segurança), terrenos mais propícios à caminhada, menos acidentados e com mais árvores e frescor, e boa iluminação das ruas, para deslocamentos à noite.
Em São Paulo, durante a pandemia, cresceu o número de caminhantes diários. De acordo com pesquisa. Foto: Getty Images.
  • Diminua o ritmo nos últimos metros para resfriar o corpo. Chegue ao seu destino com antecedência para tomar água e se recompor. Leve uma toalha pequena na mochila para se secar após utilizar a pia para lavar rosto, pescoço e braços.
  • Caso não consiga percorrer longas distâncias a pé, pegue um ônibus ou metrô até determinado local e se desloque a pé a partir deste ponto.
  • Cuidado com as “calçadas ciladas” (com buracos, degraus, tampas de bueiro etc.). Cuidado com os portões das garagens e o movimento dos carros; fique de olho nos cães.
  • A música reduz a atenção. Coloque o som em um volume adequado.
  • A pé na chuva? Coloque tudo em sacos plásticos dentro da mochila, evite locais com muitas árvores e atenção com o piso molhado e escorregadio.

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Chantal Brissac
Chantal Brissac, jornalista e publicitária, fundadora do Pro Coletivo (https://www.procoletivo.com.br/), é autora de livros sobre comportamento, saúde, bem-estar e carreira.

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