A iniciativa deve custar € 15 milhões por ano, apenas uma fração do orçamento anual de € 10,1 bilhões para o sistema de transporte público da região, e faz parte de uma estratégia mais ampla para tornar os transportes públicos mais acessíveis. para os parisienses. No primeiro semestre de 2018, a cidade também introduziu passes anuais gratuitos para cidadãos de baixa e média renda com deficiências e pessoas com mais de 65 anos.
A prefeita da cidade, Anne Hidalgo, comentou sobre a possibilidade de um sistema de transporte público totalmente gratuito em março de 2018, em um momento de agitação por causa de mudanças controversas no sistema Vélib. Após nove meses de avaliações, o gabinete da prefeita publicou um relatório que concluía que a cidade não poderia acomodar a demanda extra do sistema, que aumentaria de 36% de todos os deslocamentos na capital para 48%.
O anúncio de Paris vem na sequência da notícia de que Luxemburgo se tornará o primeiro país do mundo com transporte público gratuito. Prevista para entrar em vigor na metade de 2019, a iniciativa anulará todas as tarifas em trens, bondes e ônibus – um esforço para aliviar os longos períodos de deslocamento e a pegada de carbono do país.
Ao passo que os benefícios ambientais do transporte público gratuito são muitas vezes apontados como o principal incentivo para esse tipo de estratégia, o especialista Wojciech Keblowshi, da Universidade Livre de Bruxelas, destaca também os benefícios sociais.
Em entrevista para o The Irish Times, Keblowshi explica: “O uso entre grupos vulneráveis – desempregados, idosos e jovens de classe média que não têm renda – aumentou dramaticamente quando as tarifas foram abolidas. A cidade se torna muito mais disponível para eles. Eles podem procurar emprego e aproveitar as atividades e instituições culturais. Esse argumento está especialmente presente no contexto francês.”
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Fontes: Le Parisien (Francês) / CityLab.