O projeto prevê a construção de diversos ambientes de convivência no parque, como por exemplo, o redário onde serão instaladas várias redes para que as pessoas possam descansar, além disso, também será construído um deck elevado, um cachorródromo, um parque infantil, uma área de Slackline e uma academia para idosos.
De acordo com a Prefeitura, uma das principais preocupações é garantir a permeabilidade do solo, por isso, de acordo com a gestão municipal, caminhos só serão concretados se for extremamente necessário, como por exemplo, quando for para assegurar a acessibilidade. A maioria dos percursos serão de terra batida ou pedrisco, ambos materiais drenantes.
De acordo com o projeto, o parque terá três entradas para o público. O portão 1 será o acesso principal para pedestres, ele leva para a sala expositiva, para o setor de informações, e para a academia de idosos. Já a Portaria 2 dará acesso às áreas verdes, cachorródromo, área de slackline e playground. Por fim, o Portão 3 dá acesso aos sanitários (públicos e destinados aos funcionários), arquibancada, deck elevado e espaços de apoio (vestiários, copa, depósitos, almoxarifado e administração). Os portões 4 e 5 são utilizados pelos funcionários.
As obras serão acompanhadas pelo Ministério Público e por representantes da sociedade civil.
Negociação
O terreno em que será construído o Parque Augusta pertencia as construtoras Setin e Cyrela que doaram o terreno à municipalidade. A escritura foi assinada em abril de 2019.
Para que a doação fosse realizada, a Prefeitura de São Paulo e as construtoras firmaram um acordo. Os termos da negociação previam a transferência do terreno por doação ao município em troca de quatro declarações de potencial construtivo passível de transferência -ou seja, as empresas poderão construir em outra área aquilo que chegou a ser autorizado para ser levantado no Parque Augusta.
Em novembro do ano passado, a Justiça extinguiu a última ação popular que impedia que o acordo para a criação do Parque Augusta fosse concluído e saísse do papel.
As construtoras irão gastar R$ 9,85 milhões com obras como a restauração da portaria e da edificação do antigo Colégio Des Oiseaux, que fica dentro do terreno, e a construção do Boulevard Gravataí -que liga o parque à Praça Roosevelt.
O dinheiro também será usado para a manutenção do parque por dois anos. A gestão municipal receberá R$ 88 milhões que foram pagos pelos bancos que movimentaram dinheiro desviado de obras públicas durante a gestão de Paulo Maluf.
O MP tinha determinado que o dinheiro fosse usado para a compra do parque ou construção de creches. Com o novo acordo, o montante será destinado à Secretaria Municipal de Educação para a construção de creches, CEUs e EMEIs.
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Por Beatriz Borges, G1 / SP. Edição: São Paulo São.