A Secretaria informou ainda que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) sinalizou os locais para alertar motoristas a respeito das alterações. Para quem ultrapassar os limites de velocidade, o Código de Trânsito Brasileiro estabelece que os valores das multas variam entre R$ 130,16 a R$ 880,41, dependendo do percentual do excedente em relação à velocidade regulamentada. No primeiro trimestre de 2019 foram registrados 198 acidentes com óbitos, de acordo com dados do Infosiga – sistema de informações de acidentes de trânsito do estado de São Paulo. Essas vias somaram, entre 2018 e 2019, 475 acidentes de trânsito, com 24 mortes. A Organização das Nações Unidas defende limites baixos de velocidade em vias com muitos pedestres e é o caso das 24 ruas paulistanas afetadas pela mudança.
Estudos comprovam importância da medida
Reduzir limites em áreas urbanas é fundamental para proteger a vida de ciclistas e pedestres que chegarem a ser atropelados – e mesmo para evitar esses atropelamentos, com o aumento do tempo de reação. A redução de apenas 10 km/h pode parecer pequena, mas em caso de atropelamento essa mudança pode salvar a vida da vítima.
Não à toa a ONU (Organização das Nações Unidas), através da OMS (Organização Mundial da Saúde), recomenda que o limite de velocidade em vias urbanas não ultrapasse os 50 km/h. Segundo o relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), escritório para as Américas da OMS, “um pedestre tem menos de 20% de probabilidade de morrer se atropelado por um automóvel que circula a menos de 50 quilômetros por hora, mas quase 60% de chance de morrer se atingido por um veículo a 80 quilômetros por hora”.
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Da Redação.